Marcel de Souza, presidente da Comissão da CEDEAO, durante uma entrevista nesta terça-feira à Radio France Internationale (RFI), falando sobre a situação política na Guiné-Bissau, confirmou que “os Acordos de Conacri não estão a ser aplicados” e lembrou que na última conferência dos chefes de Estado, de 17 de Dezembro em Abuja, os chefes de Estado disseram ao presidente guineense José Mário Vaz para “aplicar o Acordo”.
“Neste momento, estamos numa situação de bloqueio e a situação estar a ficar cada vez mais complexa. Nós temos uma estratégia que vamos aplicar e aí veremos, para fazer pressão a fim que os acordos de Conacri sejam aplicados. Entretanto, se for possível criar um governo de união nacional ao qual adira o PAIGC, porque não? Mas, enquanto não houver um governo de consenso, um governo de união nacional que estará preocupado com a situação no país, estaremos bloqueados”, disse Marcel de Souza na antena da RFI.
Fazendo alusão à retirada das forças da Ecomib, prevista para Abril, Marcel de Souza considerou que a organização regional “não pode continuar eternamente a assistir” a Guiné Bissau, e recordou que a CEDEAO está a financiar a Ecomib e que “custa caro”, com a manutenção dos 543 soldados, mas também com o pagamento dos locais onde estão instalados. “Nós pensamos que vamos começar a desmobilização, conforme as instruções dos chefes de Estado, no mês de Abril, e veremos como se vai passar”, disse Marcel de Souza à RFI.
Conosaba do Porto© e-Global Notícias
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