quinta-feira, 9 de março de 2017

«AINDA O RETRATO DA MINHA VIAGEM AO MEU PAIS PARTE II» OPINIÃO: A CRISE DA GUINÉ-BISSAU UM CONFLITO DE PESSOALIZAÇAO DO PODER E APETÊNCIA A QUERO POSSO E MANDO - JUSTINO SANCHES CORREIA


A GUINÉ-BISSAU está a viver uma situação impar no novo quadro político no nosso País, há alguns meses a esta parte em rota de implosão. Criado o epicentro de instabilidade a partir da Presidência da República, após eleições / 2014, o destinatário o Presidente da Republica Zeca-JOMAV, com os seus sucessivos e ilegítimos governos.

Abruptamente, foi posto o governo em causa, com o discurso dia 12 de agosto de 2015, à demissão do 1º Ministro o Engº. Domingos Simões Pereira, acusado de “corrupção e de nepotismo”, (sic…).

Estes factos, nunca chegaram a ser, esclarecidos pelo acusador, se haviam matérias, motivos para justificar ao injustificado, continuarem opacas todas as situações.

O Povo guineense precisa de que este caso fosse esclarecido o mais rápido possível. Vive-se neste país, num estado democrático, não se trata de um puder absoluto como; pretende impor o presidente da república, na dilação do imprevisível desfecho.

O sr. Presidente Zeca-JOMAVAZ, não pode distrair-se o povo, a acusar, sistematicamente, o Sr. Domingos Simões Pereira, sem fundamentação.

Criou cisões entre os guineenses, nunca antes vistos, na nossa sociedade, vivíamos, praticamente, irmanados.

O Sr. Presidente da República não tem legitimidade para representar o nosso povo, há muito a esta parte, sucessivos fracassos e mentiras. Aconselho-o, vivamente, a apresentar a sua demissão e, vir ao terreiro, pedir, desculpas e perdão, de que errou, e não tem competência para se manter na Presidência da República e, se faz favor, devolver o poder ao POVO. (Dissolução da Assembleia Nacional Popular), a muito reclamados pelos seus interlocutores.

O Ministro de Estado e do interior, candidamente, a anunciar o aumento de receitas no mês de janeiro/2017, a atinente ao rigor e transparência de autoridades guineenses, nos postos fronteiriços, terrestres e no porto de Bissau.

Pois, Bem!... Tratam-se de boas notícias, estes três pólos acima mencionados pelo MINISTRO DE INTERIOR, sempre deram lucros ao estado, outrora, haviam guardas fiscais, empenharam nos seus bons ofícios, deram lucros fabulosos e, eram bem remunerados, não se tratam de grandes novidades para que o Sr. Ministro se embandeirar em arco.

Faltam, muito no nosso País, estruturação da administração pública guineense, passa pela capacitação dos seus colaboradores, dotados de novas ferramentas de trabalhos: estágios, conferências, incuti-los nas mentes, mudanças de mentalidades, rigor na coisa pública e particularmente, o vencimento em dia. Têm como exemplo: em semelhança dos outros países, sem “tacanhez” pedirem, ajuda, como fazem. Eliminarem, radicalmente, a corrupção na nossa sociedade.

Tudo isso é necessário, ter um governo legitimo e forte, não fosse interrompido no seu ciclo de mandato, se permanecerem com este foco de: instabilidade, permanente tensão, não será legitimo e nem possível, reformular e ou (refundar) a administração pública no estado caótico da Guiné-Bissau.

TURISMO

Fala-se, vezes sem conta, do turismo da Guiné, é peça fundamental para dinamizar a economia de quaisquer países e no seu estado de desenvolvimento. O Caso concreto da Guiné Bissau, o foco é ilhas de bijagós, devem ser o turismo sustentado e não a sós as ilhas.

É preciso o estado criar condições: terem recursos humanos, em altura, infraestruturas, saneamento básico, água potável, luz elétrica ou (painel solar), hospitais, postos médicos, estradas, postos administrativos, dotados dos colaboradores eficiente nas execuções das suas tarefas. Têm meios de transportes eficazes táxis de qualidade, etc. Mesmo sendo o turismo rural, o estado tem de garantir [seguranças…] permanente, para quem nos visitam e, passarem as suas férias na nossa terra em tranquilidades e sem sobressaltos.

Ora, a fim de poderem retornar aos seus países são e salvo, e assim, poderem vir de novo com os seus familiares e amigos, sucessivamente.

O povo das ilhas (bijagós) deve ser integrado no sistema, não serem marginalizados em detrimentos dos lucros fáceis e circunscritos, somente nos seus espaços. Devem participar ativamente, nas melhores condições dos seus direitos e bem-estar para todo.

As crianças das Ilhas devem ser adotadas o sistema de ensino pré-escolar de qualidade, infantário e integrados no seu núcleo social.

Manter o Povo das ilhas conforme os seus hábitos, costumes e   tradições se possível na sua forma original, vão integrando paulatinamente, de acordo com o seu padrão de desenvolvimento assim o desejarem.

Esta é minha contribuição, análise e reflexão sucinta, da realidade concreta durante dois meses e 14 dias /2016, na Guiné-Bissau.

Por: JUSTINO SANCHES CORREIA
                     (Basy)
Portugal, 7 de março de 2017

Sem comentários:

Enviar um comentário