quinta-feira, 17 de novembro de 2016

CHEFE DO ESTADO-MAIOR DAS FORÇAS ARMADAS DA GUINÉ-BISSAU CONSIDERA QUE SUCESSIVOS GOLPES DE ESTADO SÃO TELEGUIADOS


O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas considerou esta quarta-feira que os sucessivos golpes de estado são teleguiados.

Biague Nantan que falava alusivo ao dia das Forças Armadas Revolucionarias do Povo afirmou que o único levantamento que se pode considerar de golpe de estado é de 14 de Novembro de 1980 e garantiu que em nenhum momento os militares irão tomar posição contra o Presidente do país.

O chefe das Forças Armadas, afirmou igualmente que não existe qualquer possibilidade de os militares promoverem um golpe de Estado como em 2012.

"Dizem que eu é que estou a impedir, mas o Presidente da República é o comandante em chefe das Forças Armadas, logo é meu chefe", declarou Biaguê Nan Tan, para dizer que há respeito pelas hierarquias.

Aquele responsável pediu aos políticos que resolvam os seus problemas "de forma pacífica".

"A tropa não pode dar ordens ao Presidente da República e é assim também que nenhum general pode dar-me ordens enquanto chefe do Estado-Maior das Forças Armadas", defendeu Nan Tan.

O general afirmou que nem o facto de ter sido um combatente pela independência da Guiné-Bissau pode servir de justificação para "dar um golpe de Estado" contra um Presidente eleito democraticamente, disse.

O chefe das Forças Armadas guineenses desmentiu que os militares se tenham posicionado contra a nomeação de qualquer figura política para o cargo de primeiro-ministro, como tem sido referido em vários círculos de opinião no país.

"Ouvi dizer nas rádios que os militares não querem uma pessoa para ser primeiro-ministro. Isso é falso, pois nunca nos podemos imiscuir nos assuntos políticos", declarou o general Nan Tan, explicando que há pessoas interessadas em ver os militares "metidos em confusão".

Biaguê Nan Tan é um defensor do Estado de Direito e do respeito pela ordem constitucional, princípios que tem defendido em dezenas de intervenções públicas feitas desde que ocupou o cargo em 2014.

Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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