O único centro de tratamento de doentes com problemas mentais na Guiné-Bissau foi ontem reinaugurado pelo Governo guineense, 18 anos depois de estar encerrado.
O centro, situado no bairro de Enterramento, começa a receber doentes para a semana.
O ministro da Saúde Pública, Domingos Malu, que presidiu ao ato de reabertura do centro, afirmou que o Governo "está bastante preocupado" com o "elevado número de doentes mentais" no país, daí ter acelerado a recuperação do centro.
Domingos Malu disse que o seu ministério vai desencadear uma operação de captura aos doentes em Bissau, contando com a ajuda de elementos das forças de ordem, já a partir da próxima semana.
O governante apontou o consumo de drogas e a depressão como fatores que contribuem para situações que levam a doenças do foro psíquico, que considerou preocupante para as autoridades sanitárias.
Com capacidade para 32 camas, a partir da próxima semana, o centro mental, como é conhecido, começará a receber doentes, que serão submetidos aos tratamentos, sendo que os agressivos ficarão em regime de internamento e os que apresentarem menos problemas serão tratados de forma ambulatória, referiu o ministro.
O governante afirmou que o centro ainda não terá técnicos suficientes, pois conta apenas com três médicos, alguns psicólogos e enfermeiros, mas irá reabrir as portas.
O centro tem medicamentos em quantidade suficientes para atender os pacientes.
A reabilitação do centro mental de Bissau, único no país, contou com o financiamento da União Europeia, num valor não revelado pelo ministro.
O centro esteve encerrado desde o eclodir do conflito político-militar que assolou a Guiné-Bissau entre junho de 1998 e maio de 1999, desde então, os doentes com problemas mentais são atendidos num estabelecimento precário criado pelo pastor evangélico, Domingos Té, na localidade de Quinhamel, a cerca de 30 quilómetros de Bissau, numa terapia que se baseia na psicologia e na atividade espiritual.
Lusa/Conosaba
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