O Comité Olímpico de Portugal (COP) prometeu dotar o Comité Olímpico da Guiné-Bissau (COGB) de instrumentos para “prevenir, reprimir, sancionar e investigar”, Ben como lutar contra a manipulação de resultados desportivos no país, em colaboração com várias agências internacionais, nomeadamente o Comité Olímpico Internacional, a Interpol, as Nações Unidas e o Conselho de Europa.
A garantia foi dada pelo Diretor-geral do Comité Olímpico de Portugal, João Paulo Almeida, em entrevista concedida ao jornal O Democrata, à margem do seminário sobre a Integridade no Desporto: Luta Contra a Manipulação das Competições Desportivas, que decorreu nos dias 7 e 8 de abril em Bissau, organizado pelo COGB, com apoio dos seus parceiros internacionais.
“Portugal está sempre disponível para ajudar e não é só o Portugal, conforme vimos hoje, também o Comité Olímpico Internacional, a Interpol, outras organizações como as Nações Unidas e o Conselho de Europa, que tem competências nestas matérias e podemos em África desenvolver este trabalho. Como eu disse, é uma obrigação moral poder ajudar quem mais precisa”, disse.
“Nós temos um dever moral de trabalhar com os comités olímpicos de língua portuguesa, fundamentalmente”, reforçou e lembrou que já há muito tempo que Portugal vem desenvolvendo laços com vários destes comités olímpicos.
“ No caso da Guiné-Bissau tem sido dos mais ativos, porque o presidente Sergio Mané tem a noção do nível de ameaça que é adulteração dos resultados e em países com vulnerabilidade como a Guiné-Bissau é importante desenhar estratégias e definir planos de prevenção destes tipos de fenómenos”, defendeu João Paulo Almeida.
Segundo as explicações de Paulo Almeida, a manipulação dos resultados desportivos é um problema que afeta não só o setor desportivo, razão pela qual é necessário o apoio das outras entidades, nomeadamente das autoridades públicas e as forças policias para garantir que a Guiné-Bissau continue a beneficiar de instrumentos para a prevenção deste fenómeno.
No plano bilateral, o Diretor-geral do COP garantiu que o seu país vai continuar e alargar a cooperação que existe entre os dois comités olímpicos lusófonos em diferentes áreas.
Nesta ação de capacitação de dois dias, que decorreu num dos hotéis em Bissau com a participação dos agentes desportivos e das forças policiais na presença do Comité Olímpico Internacional e da Interpol, foram debatidos vários temais, nomeadamente a manipulação das competições desportivas: um fenómeno global com impacto em África e na Guiné-Bissau e diferentes tipos de investigações: introdução à condução de investigações eficazes.
Ao longo das discussões foram apresentados exemplos hipotéticos e reais de manipulação de competições.
No seu discurso da abertura dos trabalhos, o presidente do COGB, Sérgio Mané, lamentou que o fenómeno de manipulação, de combinação e de falsificação dos resultados desportivos tenha aumentado ao nível global e pediu maior sensibilização da sociedade guineense sobre os perigos que este fenómeno constitui para a sociedade em geral.
Esta é a terceira vez que o COGB organiza um seminário sobre Manipulação de Resultados nas Competições. A primeira ação de formação aconteceu em julho de 2024 e a segunda decorreu em novembro do mesmo ano.
Por: Alison Cabral
Conosaba/odemocratagb
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