A Organização das Nações Unidas revelou nesta sexta-feira, em Bissau, que existe maior número de consumidores de droga na África Ocidental do que no continente em geral.
“Neste momento, se comparamos a percentagem de consumo de drogas na África com as percentagens na áfrica Ocidental, vemos que na África Ocidental é onde existe mais consumidores, apenas um exemplo desta tendência de maior consumo na África Ocidental é o exemplo de consumo de canábis. Na África Ocidental, o número de consumidores ronda em 9% enquanto na África, o número ronda ainda em 6%”, explica a representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), na abertura do Congresso Judiciário sobre os 30 anos da Lei da Droga na Guiné-Bissau.
Alessandra Casazza alerta que se nada for feito até 2030, o número de consumidores de drogas aumentará em 40%.
“Se nada for feito, o número de consumidores de drogas em África até o ano 2030, aumentará em 40%”.
Na mesma ocasião, o Procurador-geral da República, Bacari Biai, admitiu que a maior parte dos estados que constituem a CEDEAO estão a trabalhar hoje numa placa preferencial ou corredor de tráfico ilícito internacional de droga.
“A maior parte dos estados que compõe a CEDEAO estão a constituir hoje placa preferencial ou corredor de tráfico internacional de drogas ilícita, o que tem repercutido na degradação das frases estruturas dos nossos estados de direito democrático, de saúde pública, do aumento da criminalidade nas instabilidades políticas crónicas, no surgimento das organizações terroristas e em consequência comprometendo o desenvolvimento socioeconómico destes países”.
No ano passado o PNUD em parceria com outras organizações ligadas ao combate ao tráfico de droga e crimes transnacionais realizaram um estudo sobre o consumo de droga injetável na Guiné-Bissau, na qual segundo a representante residente, Alessandra Casazza, afirma que “infelizmente este estudo não só confirma a existência de consumidores de drogas incluindo drogas injetáveis na capital Bissau mais também nas outras zonas do país”, diz para de seguida assegurar que “a situação é preocupante e que exige de todo o nosso atenção, o consumo e o tráfico de droga no mundo são uma ameaça a estabilidade política e social, ao estado do direito, aos direitos humanos e ao desenvolvimento económico”.
A Guiné-Bissau adoptou há trinta anos a lei sobre o consumo de estupefaciente e drogas, a lei datada de 28 de outubro de 1993, consistem em 42 artigos que de uma forma clara define o que é consumo de drogas, quais sãos tipos de drogas e punição a quem estimula o consumo.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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