sábado, 28 de outubro de 2023

Defesa dos EUA pede a homólogo israelita proteção de civis em Gaza

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, pediu hoje ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, que considere a proteção dos civis em Gaza, instando-o a permitir que a ajuda humanitária entre na faixa.

Em comunicado, o Pentágono afirma que os dois dirigentes discutiram hoje as operações de Israel em Gaza e que Austin "sublinhou a importância de proteger os civis durante as operações" das forças israelitas, insistindo junto de Gallant na "urgência" de fazer chegar a ajuda humanitária aos civis em Gaza.

Lloyd falou também da necessidade de o Hamas libertar os reféns israelitas.

Israel expandiu hoje a sua operação terrestre em Gaza, enviando tanques e infantaria apoiados por massivos ataques aéreos e marítimos.

Os bombardeamentos israelitas da noite de sexta-feira para hoje foram descritos pelos residentes de Gaza como os mais intensos da guerra e, além disso, também foram interrompidas as comunicações no enclave.

O ministro da Defesa de Israel disse hoje que "o solo tremeu em Gaza" e que a guerra contra os líderes do enclave palestiniano, o grupo islamita Hamas, entrou numa nova etapa.

"Passamos para a próxima etapa da guerra", disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em declarações hoje divulgadas pelos meios de comunicação israelitas.

No início da guerra, Israel já tinha reunido centenas de milhares de soldados ao longo da fronteira. Até agora, as tropas haviam realizado breves incursões terrestres noturnas antes de regressarem a Israel.

Os trabalhadores humanitários dizem que a quantidade de ajuda que Israel permitiu entrar no enclave, através do Egito na semana passada, é uma pequena fração do que é necessário. Os hospitais de Gaza têm procurado combustível para alimentar geradores de emergência, que suportam incubadoras e outros equipamentos vitais.

O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

No ataque do Hamas contra Israel morreram mais de 1.400 israelitas, sobretudo civis, e perto de 200 foram feitos reféns.

Conosaba/Lusa

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