quarta-feira, 4 de abril de 2018

PAIGC DENUNCIA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA POR PARTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-verde (PAIGC) considera de perseguição politica a medida de coacção do Ministério Público a 13 indivíduos do partido que são obrigados a comparecer todos os dias nesta instituição de investigação criminal.

O 13 individuo esteve envolvido no confronto com um grupo de jovens que alegadamente pertence ao grupo alargado dos 15 deputados expulsos nas fileiras do PAIGC que tentaram assaltar a sede nacional do partido em Outubro do ano passado.

De acordo com o porta-voz do partido João Bernardo Vieira, é absurdo a posição do ministério público em chamar apenas os indivíduos do PAIGC.

“ O PAIGC acha de estranho o facto do Ministério Público chamar apenas os militantes do partido não os assaltantes. Os 13 elementos do partido foi dado a medida de coacção para periodicamente comparecerem no ministério público, que consideramos de ilegal por parte do Ministério Público e abuso que esta instância judicial nos habituou nestes dois últimos anos”

Considerou que o ministério público, “tem sido menos imparcial nestes últimos anos, tem chamado constantemente os dirigentes do PAIGC numa maior arbitrariedade porque não sabemos se os assaltantes foram chamados ou não, e neste caso entendemos que é uma perseguição politica”, diz.

Na comunicação aos militantes e simpatizantes do partido para solidarizar com os 13 envolvidos nos incidentes de 18 de Outubro do ano passado, o porta-voz do maior partido político do país propôs que a escolha do Procurador-geral da República passe pela Assembleia Nacional Popular, porque no seu entender “quando é assim ele pode ter uma certa independência do Presidente da República”.

“Quando a escolha do Procurador-Geral da República esta única e exclusivamente dependente do primeiro magistrado da nação, terá esta situação que temos neste momento mas se passou pelo crivo da Assembleia Nacional Popular, este pode-lhe segurar uma maior independência”, realça porta-voz do PAIGC. 

A delegacia do Ministério Público junto do Tribunal Regional de Bissau notificou no passado dia 16 de Março o PAIGC no sentido de fazer comparecer a 21 do mesmo mês nesta instância judicial os seus militantes sobre os incidentes de 18 de Outubro de 2017.

Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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