Secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS) confirma esta terça-feira (24 de Abril) que com a orientação da CEDEAO, os dirigentes políticos sancionados pela organização sub-regional não vão participar no governo liderado pelo Aristides Gomes.
O político falava depois do encontro da negociação com a missão do acompanhamento da CEDEAO, na qual estava o actual primeiro-ministro e o líder Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-verde.
De acordo com Florentino Mendes Pereira, o impasse para formação do governo tem a ver com um pormenor sobre a assinatura do pacto da estabilidade para que tudo seja resolvido por parte do PRS.
«Segundo a CEDEAO, os dirigentes sancionados não vão fazer parte deste executivo de consenso. Da nossa parte está a correr tudo bem porque (quase) temos ultrapassado todos os pontos de constrangimentos e só resta um pormenor relativamente a assinatura do pacto de estabilidade a acertar», explica aos jornalistas.
Na mesma ocasião o secretário-geral dos renovadores confirmou que o governo vai ter 26 pastas ministeriais e o PRS vai beneficiar de 9.
Os restantes membros envolvidos na negociação não prestaram a declaração a imprensa depois das reuniões que dura um pouco mais de 5 horas.
Entretanto, a missão ministerial da CEDEAO volta a reunir-se esta quarta-feira com o Chefe de Estado, José Mário Vaz, no Palácio da República. A reunião convocada de urgência decorre numa altura em que persiste o impasse na formação do governo. A delegação chegou a ir ao aeroporto para regressar devido ao bloqueio nas negociações.
O primeiro-ministro, Aristides Gomes, também foi convocado para esta reunião que terminou permitindo desta forma A missão voltar ao hotel para prosseguir com as negociações com vista à formação do novo governo que será liderado por Aristides Gomes.
O ponto principal do bloqueio, a atribuição do Ministério do Interior e da Defesa Nacional, principalmente, terá sido ultrapassado na reunião de urgência que decorreu esta manhã no Palácio da República, minutos depois da delegação da CEDEAO ter ameaçado abandonar o país caso não houvesse cedências, confidenciou uma fonte da CEDEAO.
Neste momento, a delegação voltou a encontra-se com o PAIGC e o PRS para prosseguirem as negociações com vista à formação do governo ainda hoje.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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