Braima Camará
Bissau,01 de Abr 16 (ANG) - O Presidente da Câmara de Comércio Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau(CCIAS), entregou hoje no Ministério Público a lista com nomes dos empresários que contraíram dívidas junto ao Fundo de Promoção à Industrialização de Produtos Agrícolas(FUNPI).
Em declarações à imprensa depois de depositar o referido dossier, Braima recusou aprofundar sobre o assunto por considerar ser "eticamente incorrecto" referir-se a um processo que já deu entrada na justiça.
"Entreguei um processo que achei, por bem, ser muito importante o seu esclarecimento. Ou seja, conhecer de fundo o que foi a gestão do FUNPI", explicou adiantando que espera do MP um trabalho com total rigor e isenção.
Perguntado sobre o que lhe motivou a levar para o Ministério Público o dossier dos devedores do FUNPI, Braima Camará afirmou que tem a ver com a salvaguarda da sua dignidade, honra e sentido de responsabilidade.
"Pautamos pelo exercício de cargos públicos associativos e para tal devemos ser consequentes em assumir todas as responsabilidades que essas funções requerem", disse.
Acrescentou que o esclarecimento cabal sobre o uso deste fundo é para a CCIAS muito importante, pois ao longo de anos tem sido matéria de vários comentários.
O Presidente da CCIAS disse esperar que o povo guineense saiba definitivamente do montante que cada governo que passou no país e alguns empresários levantaram do FUNPI desde a sua instituição em 2011.
"Posso vos garantir que não estou de acordo com a gestão do fundo e estou igualmente de mãos limpas e de consciência tranquila nesse processo e foi por causa disso que vim fazer esta denúncia no MP", vincou Braima Camará.
O Fundo de Promoção à Industrialização de Produtos Agrícolas começou a ser implementado em 2011 e consiste em cobrar imposto de 50 francos CFA por cada quilo de castanha a ser exportada, a iniciativa em pouco tempo rendeu mais de 20 milhões de dólares americanos.
Muitos empresários duvidam da gestão do referido fundo havendo aqueles que, numa recente disputa pela presidência da CCIAS acusaram a actual direccao da CCIAS de ter feito má gestão do referido fundo.
ANG/ÂC/JAM/SG//Conosaba
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