O Islão é uma religião praticada pelo mundo inteiro, sendo uma religião para qualquer pessoa que aceite praticar os cinco pilares que a constituem. Estes pilares são o facto de testemunhar da unicidade de Deus e que Muhammad é o Seu profeta, depois vem a oração feita cinco vezes por dia, o jejum durante o mês do Ramadão, a esmola aos necessitados e finalmente a peregrinação à Mecca se tiver a capacidade física e financeira de a cumprir. Quem segue estes cinco pilares da religião islâmica é um muçulmano.
A força do Islão é ser uma religião estritamente monoteísta sendo esta a mensagem principal do Alcorão. O Alcorão é o livro em língua árabe que foi revelado ao profeta Mohammed, um árabe vindo das tribos de Mecca (na actual Arábia Saudita), e que traz essa mensagem da unicidade de Deus aos árabes, tal como esta mensagem tinha sido revelada nos tempos de Abraão ou de Moisés, sendo que todos os profetas da Bíblia são reconhecidos no Islão como profetas enviados de Deus.
Como podemos entender, o Islão não aparece como uma religião nova per se. O que nos ensina a religião islâmica também está presente em palavras que encontramos na Bíblia. O Alcorão revela que confirma a religião dos judeus e dos cristãos, o mesmo Deus que revelou a Bíblia também revelou o Alcorão e este contém histórias que encontramos em várias partes do Antigo e do Novo Testamento. Podemos assim dizer que todos esses livros são do mesmo “autor”.
Além dos cinco pilares praticados por cada muçulmano, a fé Islâmica baseia-se em seis crenças fundamentais que são: A crença em Allah, o Deus único. A crença nos anjos os quais foram criados de luz por Deus e são seres que nunca desobedecem a Deus e estão sempre a louvar o Seu nome. A crença nos livros sagrados, entre os quais se encontram a Torá, os Salmos e o Evangelho revelado a Jesus. O Alcorão é assim o último livro sagrado, constituindo a palavra final de Deus que o revelou por intermédio do arcanjo Gabriel ao profeta Muhammad. A crença em todos os profetas que foram enviados e escolhidos por Deus, dos quais Muhammad é o último; A crença no dia do Julgamento Final. Este é o momento em que cada ser humano será ressuscitado e julgado na presença de Deus pelas acções que praticou neste mundo. Enfim, a crença no destino quer sejam acontecimentos ou acções de bem ou de mal feitas por cada indivíduo. Deus sabe tudo e possui o poder de decidir sobre o que acontece a cada pessoa.
Podemos salientar outros aspectos que vêm completar um pouco mais a ideia que nós podemos fazer desta religião, como por exemplo a crença no paraíso que é o lugar que Deus promete aos crentes depois do julgamento. Existem muitas referências ao paraíso no Alcorão: “Extinguiremos todo o rancor de seus corações. A seus pés correrão os rios, e dirão: Louvado seja Deus, que nos encaminhou até aqui” e também “ …haverá tudo que as almas podem desejar, tudo que os olhos podem se deleitar…” . Assim como acreditamos no paraíso, também acreditamos no inferno, um sítio de castigo para aqueles que não crêem em Deus, se rebelam contra Suas leis ou rejeitam Seus profetas.
Se a palavra Islão significa submissão, a religião integra-se em todos os aspectos da vida daquele que se submete às suas leis. Esta é a outra força desta religião porque o muçulmano que se submete encontra a paz interior, e a deseja a quem cumprimenta com a expressão “as salam ‘alaikum” que quer dizer: “que a paz esteja convosco”. Fazem parte das regras no Islão as proibições aos crentes de beber álcool e comer a carne de porco, a proibição do juro, ou obrigações como do casamento antes de poder ter qualquer relação íntima ou o dever de respeitar as normas da sociedade tal como manter as relações familiares. Vemos assim nestes últimos exemplos que o Islão promove valores universais que integram os valores humanos como fundamentos para a organização da sociedade.
Assim Deus diz no Alcorão: “Hoje, completei a religião para vós…” e por esta razões sou muçulmano.
e-global.pt/Conosaba
Sem comentários:
Enviar um comentário