Bissau, 17 Mar 16 (ANG) – O Chefe da missão da Organização Oeste Africana de Saúde (OOAS) recomenda ao governo da Guiné-Bissau a prosseguir com o encerramento das instituições de ensino superior na área da medicina que funcionam sem mínimas condições.
Abdoulaye Diallo falava quarta-feira à imprensa em jeito de balanço da visita de três dias ao país, realizada no âmbito da implementação do currículo harmonizado nos países da sub-região, na área da saúde.
O chefe da Missão elogiou a decisão do governo de fechar algumas instituições de ensino superior por alegada falta de condições para o seu funcionamento.
Diallo enalteceu o empenho do governo em adquirir equipamentos de laboratórios para funcionamento dos hospitais, assim como a vontade para rever o currículo escolar.
Em relação ao funcionamento das instituições do ensino superior, Abdoulaye Diallo disse que estas funcionam com muitas dificuldades, sobretudo nas divisões de ciências médicas:
Indicou que algumas estão numa situação em que se pode melhorar as suas condições de funcionamento , mas que outras devem mesmo ser encerradas.
Abdulai Diallo pede para que o interesse dos estudantes do Instituto Benhabló fossem salvaguardados, por já se encontrarem no terceiro ano do curso de medicina.
Apesar dessas situações o chefe da Missão da OOAS reconhece a determinação dos responsáveis das Universidades Jean Peaget e Lusófona de harmonizar os currículos escolares como forma de melhorar a qualidade do ensino na Guiné-Bissau.
Disse ainda que os laboratórios e bibliotecas destes estabelecimentos estão em boas condições técnicas e electrónicas.
Perante esta realidade Abdoulaye Diallo pediu ao governo para subvencionar mais as instituições de ensino público e privado.
Criticou a suposta falta de professores de categoria “A” ou seja titulares das cadeiras nas universitárias e das normas de acesso ao estágio para estudantes, sobretudo os da medicina,” porque a teoria não é suficiente para formar uma pessoa nesta área pelo que é preciso que ela seja acompanhada com actividades práticas”.
Referiu que o país dispõe somente de nove médicos especialistas e que estes estão fora do sistema do ensino, mas que deveriam ser integrados no sistema para garantir a qualidade.
Lamentou igualmente a ausência de critérios de selecção de candidatos para o ensino superior, tanto no privado como no ensino público, e a não aplicação do currículo harmonizado e das ordens profissionais aos estudantes de medicina.
Abdoulaye Diallo pede implementação da lei que regula o Ensino Superior aprovado há quatro anos pela Assembleia Nacional popular (ANP).
O chefe da Missão da (OOAS) defende que o Ministério da Educação Nacional deve ser a única entidade a proceder a entrega de diplomas de formações e não a direcção das instituições de ensino superior.
ANG/LPG/ÂC/SG\\Conosaba
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