Lisboa - O actual Vice-Presidente de Angola, Manuel Domingos Vicente faz parte de uma lista de membros do regime angolano que nos últimos 10 anos perderam avultadas somas monetárias em negócios mal feitos ou por suposta má gestão.
De acordo com uma “due delligence”, Manuel Vicente, ao tempo que ocupava o cargo de ministro da coordenação econômica, teria perdido aproximadamente cerca de 400 milhões de dólares, por efeito de um acto de má fé envolvendo um sócio suíço. O dirigente angolano teria os fundos sob custodia do sócio suíço que agia como seu fiel “bank keeper”, porém, no momento em que Vicente procurava avançar com diligencias para ter os fundos em seu nome, perdeu o rastos do amigo suíço que ao mesmo tempo deixou de atender os seus telefonemas. Desde então o Vice-Presidente angolano passou também a manifestar problemas de subida de tensão alta.
Outros casos
Francisco Pereira Furtado, antigo CEMGFAA perdeu cerca de 400 milhões de dólares que lhe foram confiscado pelas autoridades angolanas sob alegação de que teria adquirido de forma ilícita, com a cumplice de um oficial superior identificado por “Coronel Mendonça”. Os fundos foram repatriados em parcelas para Angola a partir de uma conta em Cabo Verde. O primeiro montante descoberto foram de 40 milhões de dólares, provenientes do fundo operativo do Estado Maior e de compras de cabaz para a tropa no ano de 2009. Desde a “perca” destes fundos, o general Francisco Furtado passou por um período de depressão.
Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, o chefe da Casa de Segurança do PR, perdeu cerca de 350 milhões de dólares em consequência do buraco financeiro que se registrou no extinto banco BESA (Agora banco Econômico). O general “Kopelipa,” através da sua Portmil detinha 24% do capital do BESA. O mesmo perdeu a sua quota e a Geni, ligada a Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, ficou com uma participação reduzida de 19,9%. Antes da crise, isto é, em 2011, o general “Kopelipa” participou no aumento de capital que a Espírito Santo International fez em 2011. Agora, Hélder Vieira Dias é accionista de uma empresa em situação de falência técnica.
Não há informação de que o general tenha entrado em depressão ou manifestação de problemas de subida de tensão alta. Sabe-se apenas que o PR, José Eduardo dos Santos interveio imitindo uma garantia soberana de 5,7 mil milhões de dólares.
Salviano Sequeira “Kianda” , antigo guerrilheiro e general das FAA perdeu 50 milhões de dólares ao tempo que exercia o cargo de antigo Vice-CEMGFAA. A perca foi associada a primeira crise financeira. Num acto entendido como “solidariedade institucional”, o mesmo seria elevado, por sugestão do general Antônio França Ndalu, ao então cargo de Vice-Ministro de Defesa (Hoje Secretario de Estado).
Casos semelhantes por parte de dirigentes da oposição política
Em 2008, no ano da realização das segundas eleições legislativas, o líder da UNITA, Isaias Samakuva viria a perde um milhão de dólares numa burla desencadeada pelo empresario luso, João Vale e Azevedo. Ambos reuniram-se nesta ano em Londres e Vale e Azevedo dizia que queria investir em Angola, através do "projecto inovador na área do biocombustível”. Já Samakuva entusiasma-se com a "criação de postos de trabalho na exploração dos recursos naturais".
O investimento era de 50 milhões de dólares – mas, por "boa-fé", a UNITA tinha de investir primeiro um milhão de dólares (800 mil euros) na empresa de Vale. Foram burlados. João Vale e Azevedo encontra-se neste momento a cumprir prisão em Portugal por conta de outros casos de burlas.
Sem comentários:
Enviar um comentário