sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ESTUDO SOBRE CASAMENTO INFANTIL MENCIONA GUINÉ-BISSAU E MOÇAMBIQUE



Foto: Unicef/van der Velden

Uniões envolvendo adolescentes guineenses destacam-se em matrimónios de homens com mais de uma mulher; moçambicanas com até 24 anos que passaram pelo tipo de união são mais propensas a ter mais de três filhos.

Guiné-Bissau e Moçambique são destacados no Perfil do Casamento Infantil em África, um relatório lançado pelo Fundo da ONU para a Infância, Unicef.

O documento revela que uma em cada três adolescentes guineenses está dentro de uma união polígâmica. A África Ocidental tem uma média de 42% de casos de mulheres entre 20 e 24 anos que tenham tido um matrimónio ainda crianças.

Filhos

Em Moçambique, a probabilidade de uma menina jovem ter três ou mais filhos é sete vezes maior para as que tenham casado até aos 15 anos.

A nível global, 26% de raparigas entre 20 e 24 anos casaram-se menores de idade, segundo o estudo lançado na Cimeira Africana sobre Meninas. O evento sobre o fim do casamento infantil decorreu até esta sexta-feira na Zâmbia.

O continente africano tem 125 milhões de mulheres que casaram antes dos 18 anos, das 700 milhões em todo o mundo.

Redução pela Metade

O mais rápido progresso na redução do casamento infantil em África nos últimos 25 anos foi observado no norte. Desde 1990, a taxa do tipo de união no continente teve uma redução pela metade nas classes mais ricas.

De acordo com o informe, a Nigéria concentra 23 milhões de meninas e mulheres que tiveram o tipo de união na infância. Trata-se do maior número de casos do continente africano.

Níveis Baixos

Na África Subsaariana, os níveis mais baixos de casamento infantil foram registados em países como África do Sul, Djibuti,Suazilândia, Namíbia e Ruanda. Todos os casos a taxa estiveram abaixo de 10%.

Em termos de mulheres com idade entre 20 a 24 anos que foram casadas crianças, África ocupa o segundo lugar global. A média é de 34%, depois da Ásia com 44% e da América Latina e Caraíbas, com 28%.

Estima-se que, em 2050, África tenha 310 milhões de noivas crianças.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque\\Conosaba

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