PRS sem posição definida sobre novo Governo da Guiné-Bissau.
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau Baciro Djá, empossado há 10 dias, não conseguiu ainda apresentar o seu Governo, muito por dificuldades em reunir os apoios do PRS, o segundo partido mais voltado nas eleições de 2014.
No passado sábado a comissão política do PRS esteve reunida para definir uma posição sobre o apoio parlamentar ou não ao novo Governo, mas a reunião foi suspensa e deve continuar na terça ou quarta-feira.
"O problema é sério e exige muita ponderação", disse à VOA uma fonte do PRS, que lembrou que "o problema foi criado pelo PAIGC, que já deu o que tinha a dar".
A decisão é tanto mais difícil quando se sabe que há posições variadas no sei do Partido da Renovação Social.
"Uns defendem que o PRS deve viabilizar um novo Governo, outros que não, mas estamos a analisar o assunto para que tudo seja conforme a legislação existente", continuou a nossa fonte.
Sem o apoio de todo o PRS, Baciro Dja muito dificilmente poderá fazer aprovar o programa do novo Governo que, caso receba duas moções de censura, será demitido.
Entretanto, sem Governo, o Presidente da República anunciou ontem que vai suportar o fornecimento de garrafas de oxigénio para o Hospital Simão Mendes, principal unidade pública do país.
"Estamos aqui para resolver o problema do oxigénio", declarou José Mário Vaz, numa visita à unidade, ocasião em que classificou a falta de material como um caso de emergência médica.
Vaz comprometeu-se a entregar sete garrafas de oxigénio e fornecer outras posteriormente.
Apesar da crise política no país, Vaz visitou hoje três hospitais da capital onde disse ter constatado "muitas dificuldades" de funcionamento por falta de condições de trabalho.
Sob fortes medidas de segurança, José Mário Vaz percorreu os serviços de urgência, maternidade e pediatria do Hospital Simão Mendes e visitou ainda o Hospital Raul Follerau, que funciona como centro de tratamento de doentes com tuberculose, e a Clínica de Bor, dedicada a especialidades pediátricas.
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