Lembro-me
Lembro-me das noites de menos
cortesias
Das lagrimas infinitas que caíram
naquela madrugada longa enxurrada de angustia
Lembro-me, dos homens, mulheres e
crianças que ali estavam a procura de um asilo.
Com fome, sede, mas com esperança
de chegar ao destino.
Destino esse que hoje os “senhores”
já não sabem mais o sentido da palavra
“solidariedade”!
Mas que outrora fizeram o mesmo
percurso a procura de estabilidade, riqueza e
fortuna.
Lembro-me, do navio negreiro cheio
de escravizados com destino a terra dos “civilizados”!
Que ontem se diziam ser defensores
dos “direitos humanos”.
Lembro-me do sofrimento e das lágrimas que fluía nos olhos das mães e dos gritos das crianças que apenas pediam
ajuda.
Mas que só receberam Injuria!
Pois, para a maioria dos “senhores”
a nós só se deve a “ pervertibilidade”
ou seja “tolerância “!
Quando devia ser a “
perfectibilidade” ou “ hospitalidade”.
Lembro-me das crianças que lutaram
sem forças contra as aguas do oceano!
Dos pais e mães que deixaram órfãos
sem abrigo!
Lembro-me de um adeus.
Adeus de quem só almejava encontrar
a paz e estabilidade
Para conviver na alegria, harmonia
e felicidade.
Suleimane Alfa Bá, estudante
de ciências humanas pela Universidade de Integração Internacional da lusofonia
Afro-Brasileira-UNILAB e bolsista de iniciação científica PIBIC/UNILAB.
suleimaneba@yahoo.com.br
São
Francisco do Conde, 27 de setembro de 2015
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