Combate ao surto. Foto: Unmil/Emmanuel Tobey
Agência da ONU afirmou este sábado que último caso registrado no país aconteceu há 42 dias; organização alerta que epidemia continua em nações vizinhas, Guiné e Serra Leoa.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, declarou a Libéria livre de novas transmissões de ebola.
O anúncio foi feito este sábado depois de a agência da ONU aguardar o período de incubação do vírus. O último caso registrado no país aconteceu há 42 dias quando uma mulher da área de Monróvia, a capital, apresentou os sintomas da doença e morreu pouco depois.
Epidemia
Em entrevista à Rádio ONU, o embaixador da Guiné-Bissau, João Soares da Gama falou sobre a declaração da OMS sobre a Libéria.
“Quanto à declaração da OMS sobre o fim do ebola na Libéria, acho que é uma boa coisa. Os indícios mostram que de fato o surto está a estancar e que as condições que foram criadas, incluindo com o apoio da comunidade internacional, de fato surtiram seu efeito conseguindo erradicar esse maléfico surto da ebola. Não vamos cruzar os braços, muito pelo contrário, serão reforçadas as medidas de prevenção tanto nos países que tiveram esse surto como nos outros países, como a Guiné-Bissau”.
No ano passado, no auge da epidemia na África, uma equipe de especialistas internacionais visitou a Guiné-Bissau para avaliar o nível de preparação do país para combater um eventual surgimento do vírus.
Vigilância
Apesar da declaração, a OMS afirmou que as autoridades vão continuar mantendo o alto nível de vigilância para novos casos. Segundo a agência, a transmissão do vírus foi interrompida na Libéria, mas o surto continua nos países vizinhos, Guiné e Serra Leoa.
Os especialistas explicam que isso cria o risco de uma pessoa infectada com o vírus numa dessas nações entrar na Libéria através de qualquer parte da fronteira.
A organização disse que o próprio governo liberiano está consciente de que precisa ficar em alerta e conta com todo o apoio da comunidade internacional.
O último boletim da OMS, divulgado esta semana, mostra que o número de casos da doença chegou a 26.628 e de mortes 11.020. A Libéria é o país com mais óbitos, com 4.716, seguida por Serra Leoa e Guiné.
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