Malabo - O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, destituiu a direcção da Universidade Nacional da Guiné Equatorial (UNGE), 24 dias depois de um protesto estudantil, ocorrido em Malabo, que exigia a atribuição equitativa de bolsas de estudo.
Mais de quatro dezenas de jovens foram presos na manifestação, mas foram libertados na passada segunda-feira. Durante o protesto, os universitários tinham cartazes que pediam "bolsas para todos" e "ou pagam a todos ou não pagam a ninguém".
A destituição na noite de quarta-feira do reitor, Carlos Nze Nsuga, e dos vice-reitores Pedro Ndong Asumu e Manuela Roca Botey, aconteceu depois da reunião de Obiang com os estudantes na terça-feira, segundo publicou nesta quinta-feira o Escritório Equato-guineense de Informação e Imprensa, ligado ao Governo.
O chefe de Estado nomeou como novo reitor Felisberto Ntutumu Nguema Nchama, que até agora era o embaixador extraordinário e plenipotenciário da Guiné Equatorial na Rússia.
O novo reitor foi ministro da Educação e Ciências em 2010, um ano depois de deixar o cargo de secretário-geral do Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), no Governo.
A fonte assinala que Obiang, no poder desde Agosto de 1979, visitou a UNGE na terça-feira para "dialogar com os estudantes e obter informações, em primeira mão, sobre a origem dos problemas que nos últimos meses conheceu esta instituição académica".
Na reunião, Obiang recordou aos universitários que o seu executivo "fixou um incentivo, não uma bolsa de estudo, para estudantes com notas altas e para estudantes cujas famílias são carentes de meios económicos suficientes para suportar os gastos de uma educação universitária".
O chefe de Estado também informou aos estudantes que, a partir deste momento, a comissão encarregada do pagamento destes incentivos será composta por representantes da Presidência da República, membros da UNGE e do Ministério da Educação e Ciências.
portalangop
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