Rafael Marques no tribunal em Luanda no início do julgamento
O julgamento do jornalista e ativista angolano, Rafael Marques, acusado de "denúncia caluniosa", está desde a manhã desta terça-feira (24.03) a decorrer em Luanda.
Rafael Marques que está a ser julgado por ter exposto abusos contra os direitos humanos na província diamantífera angolana da Lunda Norte, tem afirmado nas últimas semanas, nomeadamente numa entrevista à DW África, que nada o vai impedir de continuar a denunciar abusos de direitos humanos em Angola.
Em causa está o livro "Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola", publicado em Portugal em setembro de 2011.
Os queixosos são sete generais, liderados pelo ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, conhecido como "Kopelipa", e representantes de duas empresas diamantíferas.
Em causa está o livro "Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola", publicado em Portugal em setembro de 2011.
O livro "Diamantes de Sangue" está disponível na Internet, desde segunda-feira (23.03.), num gesto de solidariedade da editora Tinta da China para com o autor.
Entretanto, a secção portuguesa da Amnistia Internacional lançou uma petição em que apela ao Governo português para interceder junto do executivo de Luanda para que seja retirada a acusação contra o jornalista angolano Rafael Marques.
"Ajude-nos a apelar ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que encorajem o Governo de Angola a retirar a acusação contra Rafael Marques", refere a petição divulgada através da página oficial da Amnistia Internacional na Internet.
Capa do livro Diamantes de Sangue
Pelo que sei das politicas angolanas naquele País condena-se mesmo quem fala a verdade.
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