Fotografia © Carabinieri Press Office
Tela do período cubista, de média dimensão, foi um presente, garante o marceneiro, já reformado, que viu a obra ficar sob a custódia da polícia italiana, que duvida da autenticidade da história. O valor a que iria a leilão, "apenas" 1,4 milhões de euros quando se fala de um Picasso, fez soar os alarmes
Um marceneiro italiano, especializado em molduras antigas, pediu autorização às autoridades italianas para exportar o quadroViolino e Garrafa sobre a Mesa, de 1912, do pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973). Até aqui nada a assinalar. É assim que mandam as regras. Só que a secção de Património Cultural dos Carabinieri, a polícia militarizada italiana, desconfiou da origem do quadro, questionou o já reformado marceneiro e, não satisfeita com as suas explicações, acabou por confiscar o óleo, de 1912, no qual estão representados um violino e uma garrafa, obra avaliada em 15 milhões de euros.
Esta apreensão, bem como a de uma escultura em mármore do século II d. C. e um quadro do pintor italiano Luca Carlevarijs (1663--1730) que representa a Praça de São Marcos, em Veneza, foram reveladas ontem em conferência de imprensa pelo general Mariano Mossa, que lidera o comando para a tutela do Património Cultural dos Carabinieri. O valor do quadro do pintor italiano não foi avançado, mas o da escultura, que será exposta nos museus do Vaticano, foi estimado em oito milhões de euros.
No caso da obra do pintor malaguenho, de média dimensão (de 54 por 45 centímetros), a grande dúvida de Mossa, como explicou no encontro com os jornalistas, é se pertence ou não de forma legítima ao marceneiro, cujo nome foi mantido em anonimato, pelo que até estar garantida a legítima propriedade do quadro, este permanecerá sob custódia da polícia.
dn
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