O governo da Guiné-Bissau quer que as exportações de caju declaradas subam de 150 mil para 200 mil toneladas por ano, anunciou o ministro do Comércio, que disse ainda pretender que as exportações se aproximem o mais possível da produção total do país.
“A Guiné-Bissau produz mais de 250 mil toneladas por ano, mas exporta apenas cerca de 150 mil. É preciso criar condições objectivas para que a exportação seja o mais transparente e clara possível”, defendeu Serifo Embaló, citado pela agência noticiosa Lusa.
Vários intervenientes no sector do caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau, estiveram reunidos quinta e sexta-feira, em Bissau, para uma análise sobre estratégias para rentabilizar o comércio do produto.
O encontro foi organizado pelo Ministério do Comércio e juntou agricultores, pequenos comerciantes que compram a castanha do caju ao produtor, exportadores, bancos, polícia e governo.
Segundo o ministro do Comércio guineense, Serifo Embaló, o governo quer ouvir todos os intervenientes no sector acerca das estratégias que devem ser encetadas para que, no próximo ano, o país possa exportar pelo menos 200 mil toneladas de caju.
Na última campanha de comercialização do produto (de Abril a Setembro) mais de 70 mil toneladas foram escoadas para o estrangeiro a partir de estados vizinhos, através de contrabando, disse Serifo Embaló.
De acordo com dados do governo, o caju é a principal fonte de rendimento para mais de 80% da população rural guineense.
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