"A constituição do Fórum PALOP dará uma grande força à CPLP, por existência de questões específicas dos países africanos, que os membros de outros continentes não conseguem tratar", defende Isaac Murargy, secretário-executivo da CPLP.
Lisboa - O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Isaac Murargy, mostrou-se "muito satisfeito" com o surgimento do Fórum dos Países de Língua Oficial Portuguesa (FORPALOP), afastando qualquer "colisão" funcional entre ambas organizações.
"A constituição do Fórum PALOP dará uma grande força à CPLP, por existência de questões específicas dos países africanos, que os membros de outros continentes não conseguem tratar", disse Isaac Murargy, no decorrer de um almoço-conferência, oferecido aos correspondentes da imprensa africana em Portugal.
Insistindo na inexistência de possíveis "choques" entre a CPLP e o Fórum PALOP, Murargy disse que o ressurgimento do então "Grupo dos Cinco" países africanos de expressão portuguesa, agora com a designação de FORPALOP, "será um ganho que permitirá dar maior robustez e força à CPLP".
Rejeitando ainda a pretensa ideia de "contradição" entre os dois organismos, o secretário executivo da CPLP apontou o caso da Guiné-Bissau, "cuja falta de conhecimento das suas especificidades de país africano levou a certas incompreensões".
"A Guiné-Bissau tem pequenos problemas, porque tem especificidades próprias de raízes africanas, que precisam de ser entendidas", afirmou, admitindo mesmo que "se o FORPALOP existisse já, talvez a Guiné-Bissau não passasse pela fase que viveu".
O FORPALOP é um órgão multilateral, que privilegiará a concertação político-diplomática e a cooperação, bem como o aprofundamento das históricas relações de amizade e solidariedade.
Entre os princípios que regerão o Fórum, que terá como Presidente em exercício, nos próximos dois anos, o Chefe de Estado Angolano, José Eduardo dos Santos, destacam-se a igualdade, soberania e independência dos Estados membros, a não ingerência nos assuntos internos de cada um e o respeito dos princípios democráticos.
Defende o respeito dos direitos humanos e o Estado de direito, integridade territorial, promoção da paz e da segurança internacionais, a resolução pacífica de conflitos, bem como a observância do preceituado no Acto Constitutivo da União Africana (UA).
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