Depois de dois ataques suicidas não reivindicados em Kaduna, no Norte da Nigéria, o governador do estado, Mukhtar Ramalan Yero, impôs um recolher obrigatório de 24 horas, segundo a AFP. O número total de vítimas dos ataques bombistas não está ainda fixado, divergindo entre os 42 e os 82 mortos.
"Tivemos conhecimento de uma explosão, aparentemente tratou-se de um atentado suicida que tinha como alvo o cortejo em que seguia o xeque Dahiru Bauchi", que não foi atingido, afirmava o chefe da polícia local, Umar Shehu, quando dava conta à AFP do primeiro ataque, acrescentando a notícia de 25 mortes. A Reuters, por sua vez, noticiava mais tarde 32 mortes, de acordo com um voluntário da mesquita de Bauchi que terá participado na retirada dos corpos, Mustafa Sani.
A explosão ocorreu quando Bauchi percorria a rua Isa Kaita num veículo de teto aberto, entre um cortejo que saudava os fiéis presentes no encerramento de uma festa muçulmana.O bombista suicida terá detonado a bomba no momento em que um indíviduo se aproximou dele para o tentar deter.
Durante a tarde foi registada mais uma explosão, a alguns quilómetros da primeira, perto de um mercado muito frequentado de Kaduna, de acordo com informações da polícia local comunicadas à AFP. A segunda explosão terá provocado 50 mortes, segundo dava conta um trabalhador local da Cruz Vermelha à Reuters.Já a AFP, segundo uma fonte da Agência Nacional de Socorro, dava conta de 17 mortes.
Como a maioria dos líderes mulçulmanos nigerianos, o xeque Dahiru Bauchi,. alvo do primeiro atentado, tem criticado de forma acérrima a violenta insurreição do Boko Haram, que em cinco anos já causou mais de 10 mil mortes no país. Algo que, acrescendo aos ataques da milícia na região, aponta o Boko Haram como possível autor do duplo atentado.
DN
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