O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, reuniu hoje com vários chefes de tribos sunitas, em novos esforços para atrair o apoio na luta contra a ofensiva dos insurgentes sunitas, levada a cabo pelo jihadistas.
A abertura de Maliki, um xiita, face aos sunitas surge numa altura em que os insurgentes, liderados pelo Estado Islâmico, conquistaram importantes bastiões do território iraquiano, sobretudo nas províncias de maioria sunita.
O primeiro-ministro iraquiano "sublinhou que a tribo é, e será sempre, a base para proteger (...) as zonas ameaçadas de perigo, particularmente perigo terrorista", indicava um comunicado do gabinete de Maliki. Comunicado que acrescentava "que o governo fornecerá às tribos tudo aquilo que elas precisarem para defender as suas zonas".
Maliki, no poder desde 2006, tem relações tensas com as tribos sunitas que começaram, nesse mesmo ano, a ajudar o governo na sua luta contra os insurgentes ligados à Al-Qaeda, mas que hoje o acusam de discriminar a sua comunidade.
No final de 2006, quando o Iraque vivia um sangrento conflito entre xiitas e sunitas, as tribos sunitas começaram a combater ao lado do exército norte-americano na sua luta contra os grupos ligados à Al-Qaeda.
O exército norte-americano começava então a pagar salários aos membros destas milícias tribais, batizadas Sahwa ("Despertares", cujo numero atingia os 100 mil, e cuja implicação foi considerada determinante na queda da violência a partir de 2008. A iniciativa norte-americana permitiu também dar trabalho aos membros da minoria sunita, que se sentiam discriminados pelo governo dominado por xiitas.
dn
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