terça-feira, 8 de abril de 2014

RECADOS: PASMALU

A morte de Kumba Yalá vem colocar questões interessantes sobre o futuro e sobre o destino político do nosso País. Envolto em polémica em vida, até na morte continuam as contradições. Morreu de doença ou foi envenenado? Embora esta última hipótese se comece a levantar em Bissau por certos sectores, não devemos esquecer que estava gravemente doente e que ele próprio tinha conhecimento do seu fim próximo.
O candidato Paulo Gomes, que conta com o apoio do Banco Mundial e não da Nigéria (ao contrário do que sectores kumbistas do PRS quiseram fazer crer), tem vindo aumentar a sua popularidade, sendo o candidato dos jovens e de outros partidos, o que fazia perigar as oportunidades do candidato de Kumba Yalá. Tanto mais que Paulo Gomes tem contado também com o apoio crescente dos partidários de Domingos Simões Pereira…
O tabuleiro de Nabian, é o tabuleiro preferido dos nigerianos.
Este, com Kumba vivo, tinha um apoio considerável, embora não necessariamente decisivo, devido à divisão do eleitorado balanta. Com Kumba morto, Nabian perde essa base de sustentação, a menos que se crie o mito de que Kumba foi envenenado… Aí, aumentam as probabilidades de um apoio único dos balantas.
As declarações do médico de Kumba de que o funeral só se realizará após as eleições, após a vitória de Nuno Nabian são esclarecedoras… Há tempo para tentar criar o mito de que Kumba foi assassinado… uma notícia a surgir, convenientemente em caso de dificuldades de Nabian, antes da votação.

Mas há um dado a ter em consideração, no meio das contradições que envolvem a morte de Kumba Yalá, o seu médico e sobrinho, descaiu-se ao afirmar que o próprio Kumba lhe disse: “eu vou ser sepultado só depois da vitória de Nuno Gomes Nabian”… Uma pergunta nos surge aqui: se Kumba estava consciente, a probabilidade de ter morrido de doença é muito maior, do que a de ter sido envenado. A hipóteseenvenenamento só interessa mesmo aos filhos “órfãos” do kumbismo e de Kumba. Saudades, não deixa!

1 comentário:

  1. A morte de Kumba é a maior prenda que Deus deu a guiné-bissau

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