OMS alerta para 22 milhões de crianças em risco de contrair difteria, sarampo, pneumonia, rubéola ou tétano: doenças preveníveis que fazem 3 milhões de mortes ano
Mais de 22 milhões de crianças no mundo, cerca de uma em cada cinco, estão por vacinar contra doenças básicas, alerta esta quarta-feira a Organização Mundial de Saúde, nas vésperas da Semana Mundial da Vacinação.
Sob o lema 'Imunização para um Futuro Saudável. Saber, Verificar, Proteger', a OMS assinala entre os dias 24 e 30 a semana da vacinação, apelando às pessoas que saibam mais sobre quais as vacinas necessárias, verifiquem se a imunização das suas famílias está atualizada e procurem os serviços de vacinação para proteger todos os familiares. Segundo a agência da ONU para a Saúde, a imunização evita hoje dois a três milhões de mortes por ano de 25 doenças, incluindo difteria, sarampo, pneumonia, rubéola ou tétano. Um fator que contribuiu para este progresso foi o Programa Expandido de Imunizações, que celebra 40 anos em maio deste ano e foi aplicado em todos os países do mundo. Quando o EPI foi criado, apenas 5% das crianças do mundo recebiam vacinas básicas.
Hoje, a vacinação atinge mais de 80%, escreve a OMS num comunicado sobre a Semana Mundial da Vacinação. Ainda assim, em 2012, 22.6 milhões de crianças (cerca de um quinto do total) ainda não estavam imunizadas "com vacinas básicas", alerta a organização sediada em Genebra. Mais de 70% destas crianças vivem em dez países: República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Iraque, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Uganda e África do Sul. A OMS estima que cerca de 1.5 milhões de crianças morram anualmente por doenças preveníveis com vacinas recomendadas pela organização. Isto significa que quase 17% dos 8.8 milhões de mortes anuais de crianças com menos de cinco anos seriam evitadas.
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