segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

TINTA MIL AFRICANOS ESPERAM ENTRAR ILEGALMENTE NA ESPANHA.


Tentativas de imigração recentes por Ceuta resultaram na morte de quinze africanos, afogados na praia. A polícia diz conhecer esquema de máfias criminosas no transporte de pessoas

Cerca de trinta mil africanos subsaarianos estão em Marrocos à espera de conseguir entrar ilegalmente na Europa, na maioria dos casos através de Ceuta e Melilla, segundo informações da polícia espanhola ao jornalEl País. Tentativas de imigração recentes por Ceuta resultaram na morte de 15 pessoas, que morreram afogadas na praia de Tarajal. As informações da polícia revelam uma pressão migratória enorme em torno das cidades autônomas da Espanha.  Foram relatadas presença de organizações criminosas bem estruturadas que organizam o transporte de milhares de pessoas que desejam sair da África pelo canal.
A última tentativa de imigração registrada matou quinze pessoas, afogadas na praia  Foto: TV El País / Reprodução
A última tentativa de imigração registrada matou quinze pessoas, afogadas na praia 
Foto: TV El País / Reprodução
Os subsaarianos que possuem uma melhor condição econômica escolhem os serviços de imigração das redes mafiosas indo à Europa através de barcos a motor ou se escondendo em carros de “fundo duplo” para conseguir passar nos controles alfandegários da fronteira. No entanto, um grande número de africanos não possuem condições de pagar pelos serviços, tentando atravessar a fronteira por Ceuta e Mellila “suas únicas opções”, segundo oficiais.
As redes criminosas cobram uma tarifa de 25 a 45 euros para cada imigrante na entrada de Ceuta e Mellila a nado ou boias. Para pequenas embarcações, os imigrantes pagam mil euros; viagens em barcos maiores custam entre 3 e 4 mil euros. Para um passaporte falso, o custo chega a seis mil euros.
Os subsaarianos que possuem uma melhor condição econômica escolhem os serviços de imigração das redes mafiosas  Foto: TV El País / Reprodução
Os subsaarianos que possuem uma melhor condição econômica escolhem os serviços de imigração das redes mafiosas
Foto: TV El País / Reprodução










As tentativas em massas de atravessar os cercos da fronteira, como uma que ocorreu no dia 6 de Fevereiro, em Ceuta, não são organizados pela máfia, embora sejam coordenadas por grupos de imigrantes.  O dia da travessia é predeterminado e combinado entre os imigrantes de várias cidades e até estados africanos que fazem fronteira com a Europa.  
O serviço de inteligência da Espanha sabe que a maioria das ocorrências de imigração irregular acontecem em Marrocos , Mauritânia, Nigéria e Senegal. Do Marrocos à Argélia, os movimentos migratórios necessitam do apoio de bandos nigerianos que dão acesso a transporte e alojamento. “É uma trama muito bem pensada, com alto grau de especialidade. As máfias estão monopolizando grande parte deste negócio”, diz informações policiais. 
Com informações do jornal El País.

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