O ministro iraniano da Defesa, Hossein Dehgan, anunciou nesta segunda-feira (10) que o Irão testou com sucesso dois novos mísseis, na véspera do 35° aniversário da Revolução Islâmica.
Segundo a agência oficial Irna, as novas armas são capazes de desviar dos sistemas antimísseis e visar diferentes alvos com uma grande capacidade de destruição. O governo iraniano não revelou o alcance do míssil. De acordo com o ministro, ele pode ser lançado de um avião ou de uma rampa para atingir pontes, tanques de guerra, equipamentos militares e centros de comando com uma "grande precisão."
O presidente iraniano Hassan Rohani parabenizou o povo iraniano e o guia supremo Aiatolá Khamenei pelo sucesso do teste. Nos últimos anos, o país desenvolveu um programa balístico de grande porte, com mísseis capazes de atingir Israel em um raio de 2 mil quilômetros.
Outros artefatos similares foram desenvolvidos, com capacidade para atingir navios de guerra americanos no Golfo ou as bases americanas na região. O Conselho de Segurança da ONU adotou várias resoluções condenando o programa. Já os Estados Unidos e a União Europeia adotaram sanções contra empresas iranianas.
A sub-secretária de Estado americana Wendy Sherman já havia declarado que a questão do programa balístico do Irão deveria ser abordado entre os iranianos e o grupo dos cinco, formado pelos Estados Unidos, a Rússia, a China, a França, o Reino Unido e a Alemanha.
O tema deverá ser tratado na reunião prevista para o próximo dia 18 de fevereiro em Viena, onde o Irã e as grandes potências discutem um acordo definitivo sobre seu programa nuclear. Mas o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, já declarou que as questões relativas à defesa do país não são negociáveis.
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