quinta-feira, 17 de abril de 2025

Acidente de Viação: Mulher Morre Atropelada por Taxista na Avenida João Bernardo Vieira

 

Uma mulher perdeu a vida na manhã desta quinta-feira, após ser atropelada por um táxi na Avenida João Bernardo Vieira, nas proximidades do posto Petromar, em Bissau.

Segundo testemunhas, a vítima encontrava-se a exercer a sua atividade comercial à beira da estrada no momento do acidente. O condutor do veículo saiu ileso e permaneceu no local.
Até o momento, a identidade da vítima e o paradeiro da sua família não foram confirmados pelas autoridades.

Por: Marcelino Adriano Foia
Bissau, 17/04/2025



O Ministro dos Negócios, Cooperação Internacional e das Comunidades, Carlos Pinto Pereira, presidiu hoje dia 16 de abril de 2025 a cerimónia de Abertura do IV Encontro dos Cônsules Honorário da Guiné-Bissau.

 

Sob o lema "Diplomacia Económica e Cooperação: O Papel Estratégico dos Cônsules Honorários no Desenvolvimento da Guiné-Bissau", o encontro de dois dias tem como objetivo, contribuir para uma maior coesão e eficiência no trabalho dos Cônsules Honorários, maximizando o seu impacto na promoção do desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau, reforçar o papel dos Cônsules Honorários na promoção da Guiné-Bissau no exterior.

Ainda, pretende-se facilitar o intercâmbio de informações e boas práticas entre os Cônsules Honorários e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, mobilizar apoios para a implementação de projetos estratégicos de desenvolvimento.

O Chefe da Diplomacia na sessão de abertura agradeceu a presença dos Cônsules presentes neste encontro e realçou a importância dos mesmo na promoção e no apoio ao país.

Conferência de imprensa do Coletivo dos Advogados da Liga Guineense dos Direitos Humanos. Data: 17. 04. 2025

 

BRAIMA CAMARÁ – UM LÍDER NATO

 

Braima Camará, popularmente conhecido como Bá di Povo, é um líder nato e bem-sucedido, com uma trajetória marcante tanto no setor privado quanto na vida pública. Seu percurso é um exemplo de resiliência, visão estratégica e compromisso com o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Liderança no Setor Privado
No setor privado, Braima Camará destacou-se como presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS). Atuou ainda na Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e na UEMOA, onde desempenhou um papel fundamental na promoção da Guiné-Bissau como destino de investimentos.
Durante seu mandato, atraiu inúmeros investimentos estratégicos para o país, promoveu o microempreendedorismo e criou oportunidades para que muitos jovens guineenses dessem os primeiros passos no mundo dos negócios. Sua visão empreendedora transformou desafios em oportunidades, consolidando sua imagem como um pilar de inspiração para a juventude.
Liderança Política e Pública
Na vida pública, Braima Camará demonstrou coragem e determinação ao enfrentar a burocracia estatal e desafiar estruturas políticas tradicionais. Foi um dos fundadores do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), criado após a expulsão do famoso grupo conhecido como “Grupo dos 15” do PAIGC.
Sob sua liderança, o MADEM-G15 rapidamente se afirmou como uma força política relevante. Na sua primeira participação eleitoral, o partido tornou-se a segunda maior força política do país. Em menos de dois anos, o MADEM-G15 conquistou a presidência da República, elegendo o mais jovem presidente da história da Guiné-Bissau – um feito notável que carrega a marca da liderança de Braima Camará.
Um Modelo para a Juventude
Braima Camará é mais do que um político ou empresário: é um símbolo de superação, visão e compromisso com o bem comum. Seu percurso inspira jovens a acreditar que, com coragem, disciplina e dedicação, é possível transformar realidades e construir um futuro melhor para a Guiné-Bissau.
Hoje, Bá di Povo é reconhecido como uma referência de liderança transformadora, capaz de unir, motivar e inspirar novas gerações a assumirem o protagonismo no desenvolvimento do país. @destacar

PR guineense justifica extradição de narcotraficantes com falta de prisões de alta segurança



O presidente guineense justificou esta quinta-feira a decisão do Governo de extraditar para os Estados Unidos quatro estrangeiros condenados por tráfico de droga com a falta de prisões de alta segurança.

"Não temos prisões aqui para ter essa gente. Não temos ainda prisão de alta segurança. Infelizmente um deles morreu. É complicado", referiu Umaro Sissoco Embaló, à saída da reunião semanal do Conselho de Ministros.

Dois mexicanos, um colombiano e um equatoriano foram "transferidos para uma prisão dos Estados Unidos, à luz da cooperação judicial", segundo o Governo de Bissau.

A defesa estranha esta transferência sem que exista um acordo de extradição entre os dois países.

"O Governo decidiu, em colaboração com os Estados Unidos da América, extraditá-los. O Governo dos EUA pediu a extradição deles", declarou o Presidente guineense.

Embaló afirmou que se trata de um sinal que a Guiné-Bissau está a dar ao mundo e aos traficantes, que no passado realizavam as suas operações no país.

"Qualquer narcotraficante que apanharmos aqui, mesmo se for guineense, se pedirem, será enviado para lá. Não temos condições físicas de deter essas pessoas", sublinhou.

Este tipo de medidas, adiantou Sissoco Embaló "é a forma também de demonstrar aos narcotraficantes que a Guiné-Bissau deixou ser aquele narco-Estado".

"Quem for apanhado [no tráfico de droga] na Guiné-Bissau será enviado para o país que o reclamar", avisou o chefe de Estado guineense.

Os quatro prisioneiros foram levados para os Estados Unidos "a pedido" da agência federal dos EUA para o combate à droga - DEA (Drug Enforcement Administration) -, entidade que também colaborou com a Polícia Judiciária guineense na detenção, a 07 de setembro de 2004.

Foram capturados cinco pessoas, a bordo de um avião que vinha do México, mas, no dia 03 de março, um cidadão brasileiro morreu, de doença, num hospital de Bissau.

Os cinco foram condenados a pena de prisão efetiva de 17 anos.

Umaro Sissoco Embaló aproveitou as declarações aos jornalistas para esclarecer que a DEA não o vai prender, "como se ouve dizer por aí", em alusão às afirmações de ativistas políticos, nas redes sociais.

"As pessoas dizem que serei detido pela DEA. A DEA não prende ninguém, nem tem vocação para prender pessoas", observou o Presidente.

Vários ativistas políticos têm repetido que, a qualquer momento, Sissoco Embaló poderá ser detido pela DEA, pela sua alegada conexão com tráfico de droga.

Com um sorriso no rosto, Embaló acrescentou: "Mesmo nos Estados Unidos não têm mandato para prender pessoas. Quem tem essa competência pode ser FBI ou outro tipo de polícia que têm lá, mas em flagrante delito".

Conosaba/Lusa

«Djambacatam!» Detidos por trafico na Guiné-Bissau enfrentarão justiça nos EUA



O Governo guineense informou hoje, em comunicado, que os quatro cidadãos estrangeiros acusados de tráfico de droga, que se encontravam detidos em Bissau fora, transferidos para os Estados Unidos da América e enfrentarão a justiça naquele país.

Dois cidadãos do México, um colombiano e um cidadão do Equador foram transferidos para os Estados Unidos, no que "evidencia a firme determinação das autoridades em combater eficazmente o tráfico de drogas e outras formas de criminalidade", refere o comunicado do Governo guineense.

A transferência destes detidos aconteceu após um "pedido" da DEA (Drug Enforcement Administration), a agência federal dos EUA para o combate à droga), uma medida que a defesa dos arguidos considera "uma aberração".

A defesa estranha a transferência dos quatro arguidos sem que exista um acordo de extradição entre os dois países.

A DEA, que se reuniu várias vezes com as autoridades guineenses, desde janeiro, solicitou a transferência dos detidos, "por razões de segurança", reconhecendo que o sistema carcerário da Guiné-Bissau "tem debilidades para lidar" com aqueles presos, referiram à Lusa outras fontes do Governo de Bissau.

Os quatro arguidos agora transferidos para os Estados Unidos da América foram detidos cinco cidadãos da América do Sul, em Bissau, a 07 de setembro de 2024, a bordo de um avião com cerca de 2,6 toneladas de droga, e a pretensão da DEA era que todos fossem encaminhados para os Estados Unidos, mas um dos cinco morreu.

Trata-se de um cidadão brasileiro, cujo corpo ainda se encontra a aguardar por uma ordem das autoridades guineenses para ser transladado para o seu país.

O comunicado do Governo esclarece que a transferência dos quatro arguidos ocorreu no âmbito da cooperação bilateral entre a Guiné-Bissau e os Estados Unidos da América, visando fortalecer o combate à criminalidade organizada transnacional, especialmente ao tráfico internacional de estupefacientes.

"Os condenados transferidos enfrentarão processos judiciais adicionais nos Estados Unidos da América, em cumprimento de acordos de cooperação judiciária vigentes entre os dois países", indica ainda o Governo de Bissau.

O executivo guineense reafirma o seu apoio às instâncias judiciárias do país bem como às forças de segurança.

A justiça guineense condenou a 17 anos de prisão os cinco arguidos por crimes de coautoria de "tráfico de substâncias estupefacientes agravado" e "utilização ilícita de aeronave", em que fizeram transportar a droga do México até Bissau.

A DEA, a Interpol e o Centro de Operações contra Narcóticos e Análise Marítima (MOAC- N) colaboraram com a Polícia Judiciária guineense desde a operação da apreensão da droga no aeroporto Osvaldo Vieira de Bissau até à sua incineração, no dia 19 de setembro de 2024.

Conosaba/Lusa

Quatro países lusófonos com novo património inscrito na Memória do Mundo da UNESCO



Quatro países lusófonos têm novo património documental inscrito no programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que anunciou hoje a lista dos 74 itens.

Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique são os países de língua oficial portuguesa com projetos reconhecidos na edição de 2025 do programa da UNESCO, que visa preservar o património documental da humanidade.

O Brasil vê reconhecidas duas candidaturas: O 'Arquivo Carlos Chagas' e 'O Mapa Etno-Histórico de Curt Nimuendaju: uma enciclopédia cartográfica a serviço das línguas, culturas e memórias dos povos indígenas'.

O 'Arquivo Carlos Chagas', do médico e cientista brasileiro Carlos Chagas, reflete, segundo a UNESCO, "os contextos científicos, sociais e culturais da descoberta da doença que tem o seu nome", bem como a sua luta pela ciência e pela saúde.

Para a UNESCO, o estabelecimento do Dia Mundial da Doença de Chagas pela Organização Mundial da Saúde em 2019 "demonstra a importância dessa doença negligenciada na agenda global de saúde".

O outro reconhecimento ao Brasil recai sobre o trabalho cartográfico 'O Mapa Etno-Histórico de Curt Nimuendaju', que é considerado um marco na história da antropologia. O documento sintetiza o conhecimento produzido sobre os povos indígenas no Brasil e regiões vizinhas, desde o século XVI até meados do século XX.

De acordo com a UNESCO, o mapa apresenta informações sobre aproximadamente 1.400 grupos indígenas, pertencentes a 41 famílias linguísticas, com base em cerca de 900 referências bibliográficas e destaca-se por "evidenciar a ocupação do espaço, a mobilidade natural de diferentes grupos e os deslocamentos provocados pela colonização e pela consolidação do território brasileiro".

Em Cabo Verde, foi escolhido o projeto 'Documentos sobre a Escravatura nos Arquivos da Secretaria-Geral do Governo (Cabo Verde, 1842-1869)'.

A UNESCO indica que, neste projeto, os livros manuscritos do Fonds d'Archives du Secrétariat Général du Gouvernement datam de 1674 a 1954, sendo a maior parte da documentação de 1803 a 1927.

Considerando que estes documentos são das maiores coleções do Arquivo Nacional de Cabo Verde "e a mais procurada pelos investigadores", esta coleção desempenha, acrescenta a organização, "um papel fundamental na preservação da memória da escravatura e no incentivo à investigação sobre os seus diferentes aspetos".

A coleção é constituída por quatro caixas, 21 itens, 702 folhas de documentos avulsos, um livro manuscrito referente às Cartas de Liberdade, um livro de Autos de Juramento e atas de sessões da Comissão Mista Luso-Britânica.

Por último, venceu uma candidatura conjunta dos livros e registos de escravos entre Angola, Moçambique e Cabo Verde.

'Recenseamento de escravos em Angola, Cabo Verde e Moçambique determinado por decreto português de 14/12/1854' é um projeto que compreende 79 livros de registo de escravos nestes países, criados principalmente entre 1856 e 1875.

A UNESCO refere que estes registos, emitidos por decreto da Coroa Portuguesa, documentavam todos os indivíduos escravizados e libertos nos seus territórios ultramarinos, lançando as bases para a abolição da escravatura em 1869.

Sobre a importância desta candidatura de três países lusófonos, a UNESCO refere que estes registos são sobre "uma época em que a escravidão tinha oponentes em todo o mundo" e esses livros "forneciam registos detalhados, incluindo nomes, sexo, local de nascimento, idade, características físicas, ocupações e informações sobre proprietários de escravos".

Criado em 1992, o programa Memória do Mundo da UNESCO visa preservar o património documental da humanidade, promovendo a sua proteção contra o esquecimento, a deterioração e a destruição. É uma instância legitimadora, que reconhece e garante valor a acervos, acionando, nesse processo, várias categorias de especialistas para análise das candidaturas.

Conosaba/Lusa