terça-feira, 22 de julho de 2025

O antigo jogador dos Balantas de Mansoa, Leandro Lopes, também conhecido por: "Gazela do Norte" e o Adérito Lopes Cardoso, antigo jogador do Sporting de Bissau, foram homenageados este sábado passado, dia 19/07/2025, pelos antigos jogadores da Guiné-Bissau residentes no Norte de Portugal

 

Adão, João Badupa e o Babém de FARP (organizadores do Evento)


Aveiro, a cidade das pontes e dos canais!
O evento da homenagem decorreu no "Restaurante Olaria", situado no histórico Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, outrora a emblemática Fábrica Jerónimo Pereira Campos! O restaurante Olaria oferece uma experiência culinária única, com uma vista deslumbrante para o canal central da pitoresca ria de Aveiro, onde cada detalhe é uma celebração da rica tradição gastronómica portuguesa.

De Covilhã, veio o Sidico Queta dos Balantas e o Sama Queta dos Balantas e o Sandro Turé de Benfica vieram de Lisboa para apoiar o mais velho e grande craque dos Balantas de Mansoa, Leandro Lopes.    
 

A esposa do Seminário Cassama no meio da foto e o Pedro Mota, antigo Presidente da Associação "Mon na Mon" de Aveiro


Aly Badara Queta, Sporting de Bissau 






Agostinho de Benfica

Nicolau Sá de UDIB & Nene Ca





 

Mamadu Bobo Djalo 


Adérito, fotografo

Indonésio Sã, Ntem Co´ e o Nicolau Sá








Jorge Fonseca e o João Badupa


Henrique e João Carlos do UDIB

Dr. Epifânio Co no meio da Foto



Paquete do Sporting de Bissau e o Mando
Mussa Cambaio, Pate, Sidico Queta, Sama Queta e o Babacinho Ture do Benfica 






Gil de Bula

Almeida de Sporting e o Leandro Lopes  






Adão, João Badupa e o Babém de FARP



Cirilo Costa de UDIB, Agostinho Gomes e o Henrique de Coimbra
 


MBANA CABRA: O GUERREIRO INVISÍVEL

 


Há histórias que a história oficial não conta. São vidas ocultas nas entrelinhas dos livros, silenciadas pelas narrativas oficiais. Histórias de homens e mulheres cuja coragem moldou os alicerces de uma nação, mas cujos nomes acabaram soterrados pelo esquecimento. Mbana Cabra é um desses nomes. Um guerreiro, cuja luta contra o domínio colonial português foi marcada pela ousadia, pela coragem e por uma determinação feroz.
Mbana Cabra nunca conheceu Amílcar Cabral, a figura mais emblemática da luta de libertação nacional - Cabral que, recentemente, tem sido alvo de críticas levianas, proferidas por vozes mal informadas ou mal-intencionadas. Mas se Mbana Cabra não cruzou com o líder, partilhou do mesmo ideal: a libertação da pátria. E o fez à sua maneira, moldado não por formações em países socialistas, mas pela escola dura da mata, pela urgência da sobrevivência e pela coragem instintiva de quem decide enfrentar o opressor.
Sua entrada na luta não foi projetada. Aconteceu por acaso - ou por destino. Num dia aparentemente comum, um chefe de posto colonial chegou à sua aldeia, acompanhado de cipaios, para registrar moradores e cobrar impostos. Quando Mbana Cabra declarou seu nome, o chefe suspeitou de fraude - prática comum na época para escapar da tributação arbitrária. A desconfiança gerou agressões brutais. Mas Mbana Cabra não era homem de se dobrar. Revidou. Venceu os cipaios. E, sabendo que a retaliação colonial seria implacável, fugiu em direção às zonas libertadas, onde encontrou seu lugar na resistência armada do PAIGC.
Nas matas, revelou-se um combatente implacável. Os soldados portugueses o temiam, especialmente nas regiões de Biambi, Bula e Cobiana, onde operava com destreza e audácia. Dizem que liderou diversas operações, muitas delas sozinho. A mais ousada foi o ataque ao aeroporto de Bissau - uma ação simbólica que abalou a confiança do inimigo e provou que, com coragem e estratégia, mesmo um só homem podia desafiar um império.
Com a independência, no entanto, veio uma amarga constatação: a pátria nem sempre reconhece todos os seus filhos. Muitos heróis das matas, que deram tudo pela liberdade, foram deixados para trás. Mbana Cabra foi um deles. Silenciado. Esquecido. A poeira do tempo cobriu sua história, como tantas outras.
Viveu o pós-independência em silêncio. Talvez relembrando os companheiros tombados, talvez tentando entender os caminhos da ingratidão. Não buscou cargos, nem recompensas. Queria apenas justiça - a mesma que o movera a lutar.
Mbana Cabra é mais que um nome. É símbolo. É memória viva dos anônimos que fizeram a liberdade possível. Sua história nos lembra que a independência da Guiné-Bissau não foi apenas uma conquista política, mas um ato coletivo, tecido com sacrifício, sangue e sonhos.
Que seu legado não se perca na sombra. Que sua coragem nos inspire. E que nunca esqueçamos que a liberdade tem um preço - e que ele foi pago, em silêncio, por heróis como Mbana Cabra, que nunca buscaram glória, apenas justiça.
Armando Mussá Sani

Época 2024/2025 — Conquistamos um quinto lugar . Obrigado por estarem connosco!



Caros sócios, adeptos, simpatizantes e amigos do nosso querido Balantas,
Chegámos ao fim de mais uma época desportiva, a de 2024/2025, marcada por muito esforço, dedicação e paixão por este emblema que tanto amamos. Quero, em meu nome e em nome de toda a direção, agradecer profundamente a todos aqueles que estiveram ao nosso lado desde o início até ao fim desta jornada.

A vossa presença nos estádios, os vossos gritos de apoio, as vossas palavras de incentivo e, claro, os contributos financeiros que muitos fizeram, foram essenciais para manter o Balantas de pé e competitivo. Cada um de vocês faz parte desta história. Cada gesto, cada bilhete comprado, cada donativo e cada momento vivido juntos teve um valor incalculável para nós.
Mas todos sabemos que ainda temos um longo caminho a percorrer. O nosso sonho ,lutar pelo título nacional , só será possível com ainda mais união, mais participação e mais apoio de todos.
Por isso, aproveito este momento para lançar um apelo:
inscrevam-se como sócios do Balantas!
Se queremos um Balantas mais forte, capaz de competir ao mais alto nível, todos devemos sentir a ambição e a responsabilidade de contribuir ainda mais para que este clube atinja o lugar que merece.
Todos sem exceção , adeptos de coração, filhos de Mansôa, amigos espalhados pelo país e pelo mundo, têm um papel a desempenhar. Juntos, com determinação e espírito de família, nada nos poderá parar.
Vamos trabalhar, desde já, para que a próxima época seja a época do nosso sonho!
Viva o Balantas de Mansôa! Viva o futebol nacional!
Com estima e gratidão,
Alberto Queba Cassamá
Presidente do Balantas de Mansôa



Mais de 11 mil crianças na Guiné-Bissau terão acesso a novo complexo desportivo financiado pela França



Bissau – Um novo complexo desportivo está a ser construído na Guiné-Bissau e promete beneficiar mais de 11.000 crianças em todo o país. A infraestrutura está a ser erguida graças ao financiamento do governo francês, através da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), e resulta de uma parceria entre o UNICEF e o Ministério da Educação.
O espaço, cuja construção teve início em fevereiro deste ano, oferecerá mais de 15 modalidades desportivas, incluindo basquetebol, futebol, voleibol, andebol e ténis. O projecto visa promover a educação, a inclusão e o desenvolvimento através do desporto.
De acordo com o UNICEF Guiné-Bissau, os trabalhos decorrem a bom ritmo e o complexo deverá estar concluído em breve.
A iniciativa insere-se numa estratégia mais ampla de promoção da educação e do bem-estar infantil no país.

«Óbito» Realizou-se hoje, em Lisboa, a oração fúnebre em homenagem ao malogrado Numo Camará, primo-irmão do Coordenador Nacional do MADEM-G15, Senhor Braima Camará.



Na próxima sexta-feira, o corpo será transladado para Bissau, com destino final à sua terra natal, Gambasse, onde será realizado o sepultamento.

Neste momento de dor e consternação, expressamos os nossos mais profundos sentimentos de pesar a toda a família enlutada.

sábado, 19 de julho de 2025

MÉDICO APONTA CONDIÇÕES CLIMÁTICAS E CHUVAS INTENSAS COMO FATORES QUE AUMENTAM OS MOSQUITOS NO PAÍS


O médico guineense considera que o aumento de mosquitos no país se deve às chuvas e as condições climáticas que se registam atualmente no Guiné-Bissau.

As considerações deste médico clínico-geral igualmente diretor-adjunto dos serviços de Maternidade do Hospital Nacional "Simão Mendes" foram feitas, esta sexta-feira, numa entrevista à Rádio Sol Mansi, perante a proliferação dos mosquitos no país.

Grómico Quadé aponta ainda a condição climática, como intensidade das chuvas, o aumento de ervas e dos lixos, como fatores de crescimento de mosquitos na Guiné-Bissau, provocando assim o paludismo.

“A tendência é de aumentar o índice dos mosquitos nas casas devido às condições climáticas perante as intensas chuvas que se regista no país que está a provocar o aumento de ervas e dos lixos são uns dos fatores”, acrescentou o médico e diretor-adjunto dos serviços de Maternidade do Hospital Nacional Simão Mendes.

A malária, que é paludismo transmitida por mosquitos, é endêmica no país, e representa um grande problema de saúde pública, com milhares de casos e óbitos anualmente.

Neste caso, o médico clínico-geral considera preocupante as constantes picadas de mosquitos que provocam o aumento dos casos de paludismo.

“Perigo de picada dos mosquitos é de contrair a malária uma preocupação enorme da saúde pública, dado que o paludismo sem tratamento ou tardio no tratamento agrava o quadro clínico”, alertou Grómico Quadé.

A malária afeta significativamente a saúde pública e a economia do país, com altos custos de tratamento e perda de produtividade.

A propósito, Quadé lembra que a malária é uma das mais altas causas das taxas de mortalidade na Guiné-Bissau, uma vez que é considerado um país endémico.

No que se refere a prevenção do paludismo, Grómico Quadé, disse que é fundamental que todos os guineenses usem mosquiteiros e adotem outras medidas de prevenção, para reduzir o risco de contrair malária e outras doenças transmitidas por mosquitos.

“Uso de redes mosquiteiras, eliminação de águas paradas assim como remover recipientes que possam acumular água parada e utilizar repelentes de mosquitos nas áreas expostas ou camisas das mangas compridas”, aconselhou o médico.

Com a plena época da chuva, o país enfrenta um aumento significativo na proliferação de mosquitos, a qual por este período é crucial redobrar os esforços na prevenção da malária, uma doença que ainda afeta muitas vidas no país e é uma grave ameaça, mas que com ações simples e coordenadas, se pode proteger as comunidades.

Por: Marcelino Iambi

CPLP acaba com cisão entre PALOP e restantes países na escolha da próxima presidência


A Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP terminou hoje sem uma decisão sobre quem irá suceder na presidência à Guiné-Bissau, com os Estados-membros divididos em dois blocos, disseram à Lusa fontes da organização.

Segundo as mesmas fontes, na discussão do ponto, que decorreu à porta fechada, a Guiné-Equatorial reclamou para si a presidência da CPLP entre 2027 e 2029, afirmando ser a sua vez. Do outro lado, o Brasil assumiu-se como candidato.

Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) apoiaram a pretensão da Guiné-Equatorial, enquanto Lisboa, Brasília e Díli mantiveram-se juntos na ideia de entregar ao Brasil a presidência pós-Guiné-Bissau.

O impasse manteve-se durante horas – sem que os Estados-membros consensualizassem uma solução – com o ponto que esteve agendado para o Conselho Ministros, mas que não chegou sequer a ser discutido na sessão que os chefes das diplomacias dos Estados-membros realizaram na quinta-feira.

A decisão foi adiada para uma próxima reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), adiantaram fontes da organização à Lusa, mas nem isso foi comunicado no final dos trabalhos que se atrasaram mais de duas horas, com a conferência de imprensa final agendada a ser trocada por uma declaração breve, sem direito a perguntas e sem que este assunto fosse sequer mencionado.

A XV Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP ficou marcada pela ausência do Presidente e do primeiro-ministro portugueses. Ou seja, pela primeira vez, Portugal não se fez representar ao mais alto nível. A representação ficou a cargo do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

O presidente da República terá decidido recusar participar na XV Conferência dos chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devido a este ponto – o único a não ser discutido – perante a possibilidade da presidência ser atribuída em 2027-2029 à Guiné Equatorial, que tem sido acusada da violação sistemática de direitos humanos, noticiou na quinta-feira o Expresso.

Apesar de os estatutos não definirem que a rotatividade da presidência segue uma ordem alfabética, esta tem sido uma prática normalmente adotada entre os Estados-membros, mas com algumas exceções.

Numa resposta à Lusa, noticiada na quinta-feira, um responsável da diplomacia brasileira já afirmava a ambição do Brasil em assumir a presidência da CPLP após a Guiné-Bissau.

“Tencionamos apresentar candidatura [e] contar com o apoio dos demais Estados-membros”, apontou o embaixador brasileiro Carlos Sérgio Sobral, Secretário de África e do Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores, que representou o Brasil no encontro de Bissau.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.