quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Finanças Públicas. MINISTRO ADMITE TER HERDADO CERCA 82 % DE DÍVIDAS SOBRE PRODUTO INTERNO BRUTO


O ministro da economia e finanças admitiu que neste momento, será dificil aumentar o salário dos funcionários públicos por que o país gasta muito acima do permitido na massa salarial.

Suleimane Seidi que falava a margem do lançamento do relatório sobre análises de despesas públicas da Guiné-Bissau, diz que tendo em conta a este aspeto, o governo tem de moderar e melhorar a produção de receitas.

“Neste momento, vai ser muito difícil, por que gastamos massa salarial muito acima daquilo que é limite máximo permitiso, ou seja, devia ser gasta cerca de 35% do total da receita arrecadado, portanto, tendo em conta este aspeto dos indicadores da convergência e para não piorar ainda mais, temos de moderar e neste momento, será difícil falar em aumentos salariais” afirma acrescentando que “ é preciso melhorar a gestão, melhorar a produção de receitas para depois cer se se pode fazer alguma coisa. (..) Mas, é preciso melhoria em todos os lados, desde a receita e na qualidade de despesas” .

Por outro lado, o governantes sublinhou que as receitas mobilizadas não dão para cobrir as necessidade em termos de despesas e há situações de endividamentos excessivos nos últimos tempos.

“ Na execução orçamental 2023, constatamos que as receitas mobilizadas não dão para cobrir as necessidade em termos de despesas (..) e o país foi recorrer ao empréstimo que coloca o país em endividamento excessivo porque não se foi capaz de produzir receitas suficientes para cobrir as despesas. Temos situações de sub-endividamento nestes últimos tempos, é a situação que reflete claramente aquilo que estamos a vive nas nossas finanças públicas” diz adiantando que “ o nível máximo aceitável para endividamento é cerca de 70% do produto interno bruto e o país está em cerca de 80 a 82 % de dívidas que é muito preocupante”.

O relatório sobre análises de despesas públicas da Guiné-Bissau - detalhadas em tres setores a saber, saúde, pensões e eletricidade - recomenda que seja incluído o estabelecimento de um sistema integrado de pensões que cubram os trabalhadores do setor público e privado, melhorar a preparação e execução do orçamento do setor de saúde bem como os sistemas tecnológicos da informação financeira e garantir a sustentabilidade financeira do setor da eletricidade.

Por. Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto



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