sábado, 10 de julho de 2021

MP pede caução de três milhões de euros para Vieira ficar em liberdade

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Medidas de coação serão hoje decididas pelo juiz Carlos Alexandre.

OMinistério Público (MP) pediu uma caução de três milhões de euros para Luís Filipe Vieira ficar em liberdade, em vez de em prisão preventiva, revela a SIC Notícias, ao final da tarde deste sábado.

De acordo com a RTP 3, o MP pediu ainda que o presidente do Benfica, com funções suspensas, entregue o passaporte e fique proibido de contactar com membros da direção do clube.

O canal público de televisão adianta ainda que os procuradores não pediram prisão preventiva para nenhum dos arguidos.

Recorde-se que estes são apenas os pedidos feitos pelos procuradores do MP, o que não significa que sejam as medidas de coação aplicadas pelo Juiz Carlos Alexandre.

Vieira e os outros três detidos no processo chegaram ao tribunal às 9h03, depois de pernoitarem pela terceira vez consecutiva nas instalações do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, em Moscavide.

Luís Filipe Vieira, de 72 anos, foi a última das quatro pessoas detidas no âmbito da investigação 'Cartão Vermelho' a ser ouvida pelo juiz Carlos Alexandre, antes da aplicação das medidas de coação.

Na sexta-feira, o empresário José António dos Santos foi o primeiro a prestar declarações, durante a manhã, seguindo-se, da parte da tarde, os interrogatórios de Bruno Macedo e de Tiago Vieira, filho de Luís Filipe Vieira.

Também na sexta-feira, Luís Filipe Vieira comunicou a suspensão do exercício de funções como presidente do Benfica -- nas quais foi substituído por Rui Costa -, por intermédio do seu advogado, à porta do TCIC.

Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), os quatro detidos são suspeitos de estarem envolvidos em "negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades".

Em causa estão "factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente" e suscetíveis de configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento".

Para esta investigação foram cumpridos 44 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.

[Notícia em atualização]

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