O presidente da República anunciou ontem que na próxima semana terá resposta da comissão de sanções sobre o levantamento das sanções aos militares guineenses sancionados desde Abril de 2012 na sequência do golpe que depôs o então primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
Umaro Sissoco Embalo falava aos jornalistas no aeroporto de Bissau, ao se despedir do presidente congolês Félix Tshisekedi que se encontrava no país por uma visita de 24 horas.
“ Há uma má interpretação sobre a questão das sanções impostas a alguns oficiais guineenses”, acrescentando que o ministro da defesa nacional e a ministra do Estado dos Negócios Estrangeiros estão engajados com o Comité das sanções das Nações Unidas, adiantando que “ vou deslocar-me a Nova Iorque e se não for, a ministra dos Negócios Estrangeiros vai e reunirá com o Comité das sanções”.
O chefe do estado guineense afirmou que o seu homólogo congolês manifestou a intenção de abrir uma embaixada em Bissau como também enviará na próxima semana uma equipa técnica para trabalhar com as autoridades guineenses sobre a criação de uma comissão mista para aprofundar a cooperação entre os dois países.
Entretanto, o presidente congolês Félix Tshisekedi comprometeu em trabalhar para o levantamento das sanções impostas aos militares guineenses.
“ Vou intervir para que as sanções sejam levantadas porque hoje a Guiné-Bissau já virou a página e há um presidente democraticamente eleito e comprometido a melhorar o quotidiano do seu povo. Não se pode sancionar uma pessoa que ama o seu povo, portanto, intervirei com tudo que necessário para o levantamento dessas sanções”, comprometeu.
Questionado se se encontra em Bissau para melhorar a relação dos presidentes Sissoco Embaló e Alfa Conde de Conacri, o também presidente em exercício da União Africana diz desconhecer da tensão dos dois dirigentes vizinhos.
“ Não sabia da existência de um problema entre os dois (Alfa Condé e Sissoco Embaló), eles têm uma relação igual a qualquer outro. A Guiné-Bissau e Conacri são dois países irmãos, os povos também são irmãos e o resto para mim são detalhes. Estive sábado com o presidente Condé que me pediu para cumprimentar o filho, como trata o presidente Sissoco”, argumentou o presidente em exercício da União Africana.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, tem relações tensas com o seu homólogo guineense Alpha Condé, que tem estado envolvido nos esforços diplomáticos para tentar resolver as crises políticas recorrentes na Guiné-Bissau.
De referir que a Guiné-Conacri decretou, a 29 de setembro, o encerramento das suas fronteiras com a Guiné-Bissau, Senegal e Serra Leoa por razões de segurança e no contexto da campanha eleitoral para as presidenciais de 18 de outubro.
Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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