O Chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou que não é da competência dos Imames a marcação da data de reza islâmica, mas sim das autoridades que governam o país.
"Em nenhuma circunstância são os Imames que decretam a data da reza islâmica, porque em cima da religião está o poder. Quando o nosso Profeta visitou à Meca foi impedido de entrar pelas autoridades policiais, por isso, é fundamental que as pessoas têm conhecimento da religião, embora eu não sou teólogo", disse.
"O poder está acima da religião, isso é verdade, porque quem representa" Deus" no planeta terra são as autoridades, Vaticano tem as polícias e na Meca onde pessoas rezam existem também polícias no local, afirmou Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente da República falava ontem aos jornalistas no final da cerimónia do posse do novo presidente do Tribunal de Contas, que decorreu na Presidência da República.
Sissoco Embaló congratulou-se com a decisão do governo, através do Ministério da Função Pública, que decidiu fixar a data de reza de Tabaski no passado dia 21 de Julho.
A Comunidade Islâmica do país voltou a divergir este ano a cerca de do dia da reza de Tabaski facto que obrigou a intervenção do governo.
Inicialmente foi anunciado duas datas de celebração, 20 e 21 do mês de julho, mesmo assim o governo através de um comunicado acabou por decretar o feriado nacional para o dia 21.
Perante este cenário, as partes acabaram por aceitar o apelo das autoridades do país, mas no final alguns fiéis muçulmanos acabaram por efetuar a reza no dia 20 alegando que estão a cumprir com a ordem do "ALLAH".
Por: Redação
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