O Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, diz estar preocupado com a forma como tem sido exercido o direito à liberdade de expressão na Guiné-Bissau.
Em nota de imprensa, com data de 01 de setembro de 2020 que O Democrata consultou, esta quarta-feira, 02 de setembro, Fernando Gomes avança que tem-se registado, através de órgãos de comunicação social de massa, nomeadamente rádios e internet, crescente onda de ataques verbais e “insultos”, por parte de alguns dos concidadãos, socorrendo-se mais das vezes, do uso “abusivo de palavras que incentivam ao ódio, às divisões étnicas e religiosas”.
Gomes sublinhou na sua nota que tais atitudes põem em causa a unidade nacional e a coesão interétnica que sempre caracterizou o povo guineense.
Lê-se ainda no comunicado que a inquietação da Procuradoria-Geral da República não deve ser interpretada como sinónimo de “recusa ou de qualquer tentativa de condicionar o debate público em torno de questões de interesse nacional”, mas sim uma exortação a compatriotas guineenses e aos órgãos de comunicação social, no sentido de contribuírem, com a diversidade de opiniões, para o fortalecimento da “jovem democracia”, repudiando qualquer forma de “libertinagem e de linguagem inapropriada” que só servem para “intoxicar o modo de vida dos guineenses e influenciar negativamente os jovens e crianças no país”.
Por fim, o Procurador-Geral da República manifesta a disponibilidade da sua instituição em receber e dar o devido encaminhamento a qualquer queixa apresentada por qualquer cidadão nacional ou estrangeiro que se sentir lesado.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb
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