terça-feira, 15 de setembro de 2020

ADIADA A AUDIÇÃO DO EX-DIRETOR DA MIGRAÇÃO E FRONTEIRAS

 A audição do antigo diretor dos Serviços da Migração, Estrangeiros e Fronteiras, Coronel Alassana Djaló, que tinha sido agendada para esta segunda-feira, foi adiada para amanhã, terça-feira 15 de setembro, na vara crime da Procuradoria-Geral da República. O alto oficial do ministério do Interior, que pertence às estruturas do Comando da Guarda Nacional, foi detido na sexta-feira passada, no âmbito de um processo sob a investigação da Polícia Judiciária (PJ) ligado ao tráfico de drogas.  

Segundo a PJ, o Coronel Alassana Djaló, terá ordenado a retirada de 83 cápsulas de droga apreendidas por agentes da brigada antidroga daquela corporação policial de investigação criminal no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, a 14 de março deste ano, das mãos ao luso-guineense, Aliu Baldé, que estava em viagem para Lisboa.

Após a sua detenção na sexta-feira, o ministério do Interior emitiu um despacho datado de 11 do mês em curso, no qual anuncia a suspensão de Coronel Alassana Djaló das suas funções do diretor dos Serviços da Migração e Fronteiras, mas com o fundamento que o ministro pretende imprimir mais dinâmica na direção-geral da Migração e Fronteiras. 

A Polícia Judiciária apresentou hoje, por volta das 15 horas, o Coronel Alassana Djaló ao Juiz de Instrução Criminal na vara crime do ministério Público, para a efetivação da prisão preventiva. Porém, de acordo com as informações apuradas no local, a PJ chegou tarde ao tribunal com o suspeito, o que terá motivado o adiamento da audição, porque não havia tempo suficiente para a sua audição e, em consequência, a audição foi protelada para amanhã de manhã. 

O Democrata tentou ouvir a reação do advogado do suspeito, Carlitos Djedju, mas escusou-se a prestar quaisquer declarações à imprensa. 

Contudo, ouviram-se algumas vozes de familiares a protestar contra a atitude da PJ, pelo atraso na apresentação do suspeito ao juiz.

“Alassana está doente! Padece de diabetes e não pode ser tratado desta forma”, eram as vozes da contestação de familiares e conhecidos, presentes no pátio das instalações da Vara Crime.  

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

Conosaba/odemocratagb

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