Bissau, 28 Ago 20 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) disse que tomou conhecimento de mais uma tentativa do autoproclamado Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló que insiste, a revelia da lei magna, em forçar a aprovação da revisão da Constituição da República.
A informação vem expressa num comunicado à imprensa à que a ANG teve hoje acesso.
O PAIGC disse na nota que, o que Umaro Sissoco Embaló prevê é a implementação do sistema presidencialismo com vista a implantar um regime autoritário e ditatorial permitindo-lhe concretizar seus intentos de consumação de golpe de Estado e concentração de todos os poderes executivos como único chefe na Guiné-Bissau, tal como afirmou várias vezes.
O PAIGC afirma em comunicado que a decisão de avançar com a revisão constitucional constitui uma usurpação violenta e grosseira dos poderes constitucionais de um órgão de soberania neste caso a Assembleia Nacional Popular, constituindo este facto ignóbil a consolidação da subversão da ordem constitucional.
Segundo o documento, em seis meses, este regime demonstrou claramente a sua agenda ditatorial que passa pela restrição da liberdade de imprensa e de expressão, espancamento, intimidações, aliciamento , prisões arbitrárias e ameaças aos opositores políticos como forma de imposição da sua vontade.
“Estas violações dos direitos fundamentais estão associadas ao aumento de uma corrupção desenfreada por parte dos titulares dos órgãos públicos, em clientelismo jamais visto no país e aumento do tráfico de drogas e crime organizada que volta a colocar a Guiné-Bissau na rede internacional do narcotráfico,” refere o comunicado.
O PAIGC apela à todas as forças políticas nacionais que defendem a legalidade do Estado de Direito, bem como a sociedade civil assim como todos os guineenses defensores da legalidade a “denunciar mais este golpe palaciano” e a criarem, de forma conjunta e patriótica, uma “frente comum para travar esta inconstitucionalidade de Umaro Sissoco Embaló”.
Conosaba/ANG/JD/ÂC//SG
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