Após o último comício de Lisboa, dos militantes e do líder do PAIGC, este que leva cerca de seis meses em Portugal, desde que se consumou a sua derrota nas eleições presidenciais, dou por mim a perguntar com que estatuto permanece em Portugal esse Sr., que é nada mais, nada menos, que um ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, atual líder do maior partido da Guiné-Bissau, candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, mas que continua a usar o território português para exercer política na Guiné-Bissau, via redes sociais, simpatia de alguns órgãos da comunicação social português e, ainda, instrumentalização de alguns conterrâneos na diáspora, impedidos pelo novo poder na Guiné-Bissau de realizar o sonho de aceder ou manterem-se nos cargos públicos!
Pergunto, o Sr. Eng. Domingos Simões Pereira permanece-se em Portugal na qualidade de cidadão português de pleno direito, de um imigrante com autorização de residência, de um turista com visto turístico, ou guineense que se sente perseguido pelas autoridades políticas do seu país e que aguarda resposta a um pedido de asilo político!? É que importa situar melhor a estadia do Eng. Domingos Simões Pereira, para melhor interpretar e eventualmente responsabilizá-lo judicialmente pelas suas intervenções. É um desafio que deixo às autoridades guineenses, para uma interrogação oficial às autoridades portuguesas.
Trago aqui esta foto, para lembrar que, como se diz em crioulo, “homis mansia”! Jomav, O GRANDE, foi forçado a sair do país após o golpe de Abril de 2012 e acusado de desvio de milhões de fcfa doados por Angola... Já em Portugal, quando todos lhe aconselhavam a não regressar ao país, porque seria detido, disse que regressaria e enfrentava a qualquer um com a verdade, porque não roubou nem matou ninguém. Regressou, foi detido, ouvido e até hoje em liberdade, tendo chegado a ser Presidente da República.
Quando o acusavam de ser um ditador agarrado ao poder, capaz de usar a força militar para se manter no poder, Jomav, O GRANDE, demonstrou alegria na hora de sair, por ser o primeiro Presidente da República da Guiné-Bissau a passar a faixa presidencial ao seu sucessor.
Esta foto, para mim, tornou-se no símbolo que marca o início da verdadeira independência da Guiné-Bissau e do homem guineense, como um dia sonhou Amilcar Cabral.
PS. Cuma gossi, si bu disdja bu kuru bedju ku sta na utru país di Europa, organiza som manifestaçom ou comício na nome di PAIGC, bó ta n’contra bó modja kuru, cada kim riba si casa, tugas ta ri cussa di pretos, ku ka ta bai manifesta na sé terra, mas líder ta contenti ku bó!
Jorge Herbert
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