O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, afirmou este sábado (22.08), em Lisboa, perante uma multidão, que a “vitória está mais perto do nosso lado”.
Num comício popular para repudiar o atual momento político na Guiné-Bissau, Simões Pereira definiu ainda a sua pessoa: “Não sou herói, mas sim, um simples guineense que quer dar a sua contribuição para a Guiné e que não tem medo de lutar pela verdade”, disse.
Perante milhares de guineenses residentes em Portugal e outros que se deslocaram de outros países europeus, o líder do PAIGC afirmou que “há vários heróis e heroínas” na Guiné-Bissau, exemplo da ex-ministra da justiça “Ruth Monteiro, que não deu tempo aos traficantes (de droga), o primeiro-ministro Aristides Gomes que há seis meses se encontra isolado na sede da ONU em Bissau, e muitos dos nossos compatriotas que estão a ser perseguidos”, enalteceu.
Simões Pereira não deixou passar em claro os últimos acontecimentos em Bissau, que resultaram na prisão de dois destacados dirigentes do seu partido:
“Na ultima semana, o ex-secretário de estado (do tesouro-Suleimane Seidi) foi detido, alegadamente, por causa da viatura”, lembrou, para de seguida deixar um apelo: Venho aqui para vos pedir a não disistir desta luta, porque a verdade está mais perto do nosso lado”, afiançou.
“Não é a vida de Domingos Simões Pereira que está em causa, mas sim, a vida de milhares de guineenses que deve ser salva”, afirmou o líder do PAIGC, que se encontra em Portugal há seis meses, desde que Umaro Sissoco Embaló se autoproclamou presidente da Guiné-Bissau.
Durante a sua comunicação, o candidato dado como derrotado nas presidenciais guineenses, de dezembro de 2019, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e que espera a decisão de um recurso no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), acusou as atuais autoridades guineenses de “incompetência” na resolução dos problemas dos cidadãos:
“Hoje em dia, todos devem condenar os discursos que incitam ódio, violência, tribalismo e religionalismo”, apelou.
Em relação ao contencioso eleitoral, no STJ, Domingos Simões Pereira disse que o povo “precisa de conhecer a verdade, para saber quem realmente, foi eleito”.
Simões Pereira terminou como começou: “Garanto-vos que a vitória está mais perto do nosso lado”.
Por Ansumane Só
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