O economista guineense e antigo candidato as eleições presidenciais, Paulo Gomes, alinhou com decisão da comunidade internacional, em particular a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) em reconhecer Umaro Sissoco Embaló, como Chefe de Estado da Guiné-Bissau, embora o candidato declarado considerado derrotado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) interpôs uma ação no Supremo Tribunal de Justiça.
"Eu penso que continuou a ficar no contexto da Comunidade Internacional. A CEDEAO fez aquilo que fez e decidiu aquilo que decidiu, por isso, limitei-me a concordar e alinhar-me com a decisão da organização sub-regional, explicou Paulo Gomes.
Numa entrevista concedida à Radio Jovem, RDP-África e o Jornal O Democrata, Gomes revelou que a sua preocupação é olhar para um país(Guiné-Bissau) que enfrenta crise económica devido a pandemia de coronavirus que assolou o mundo.
O economista guineense que apoiou à candidatura de Simões Pereira nas últimas eleições presidenciais, referiu que apesar do reconhecimento da comunidade internacional ao Sissoco Embaló, mantém o seu posicionamento político.
"Apoiei um outro candidato durante as eleições presidenciais e continuei com as minhas convicções políticas, embora não queira engajar na política por várias razões e várias decepções.
O economista, que esteve em Bissau por duas semanas com a equipa da União Africana para aquisição de materiais sanitários para que o continente possa fazer face à pandemia do novo coronavirus, encontrou-se com várias figuras, incluindo Umaro Sissoco Embaló.
Gomes disse que o encontro com Embaló serviu para discutir a situação sócio-político da Guiné-Bissau.
Na ocasião, Gomes, que integra o Fundo Africano para Luta contra Covid-19, revelou que a Guiné-Bissau está de joelhos e a janela de oportunidades para levantar o país para avançar está fechada.
Em fevereiro último, Umaro Sissoco Embaló autoproclamou-se Presidente da Republica e demitiu o Governo do PAIGC, liderado por Aristides Gomes, nomeando um outro, constituído pelas forças políticas e movimento que apoiaram a sua eleição.
Em abril, a CEDEAO reconheceu Umaro Sissoco Embaló como Presidente da Guiné-Bissau, bem como os restantes parceiros internacionais do país, incluindo União Europeia, União Africana, Nações Unidas e Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa.
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