Num universo estimado em quase 900 mil eleitores, até o dia 1 de Outubro foram recenseados um pouco mais de 32 mil, em todo o território nacional, ou seja cerca de 3.5%.
E na diáspora, 0% recenseado.
Ainda assim, alguém pensa ser possível organizar eleições justas e transparentes na Guiné-Bissau no dia 18 de Novembro?
Brincadeira tem limites (nunca pensei que ia utilizar esta expressão).
Nó pára brinca ku país!
--Umaro Djau
FUTURO CENÁRIO POLÍTICO E SOCIAL SE A DATA DE 18 DE NOVEMBRO NÃO FOR REMARCADA
Falta duas semanas (20 de outubro) para terminar o recenseamento eleitoral. Os dados que chegam só recensearam 15% dos cidadãos eleitores ( dos 865.448 dos previstos a recensear potenciais eleitores). Só recencearam 40.129 cidadãos até o dia 3 de outubro. Se lembremos que o recenceamento eleitoral começou no dia 23 de setembro, durante duas semanas estamos nos 15% dos cidadãos eleitores recenseados. E falta 85% dos cidadãos eleitores para recensear até o dia 20 de outubro, ou seja, falta 15 dias.
Pelo visto, vamos as eleições legislativas no 18 de novembro, com seguinte cenário:
-Só serão recenseados 30% dos potenciais cidadãos eleitores e os 70% dos cidadãos eleitores ficarão excluídos de exercer o direito do voto;
- No interior do país, não atingiremos 10% dos cidadãos eleitores recenseados e 90% ficarão excluídos de exercer o direito do voto;
- Os cidadãos guineenses residem na diáspora não conseguirão recensear e nem tão pouco exercer o direito do voto;
- Os resultados eleitorais serão desproporcionais em relação ao número dos cidadãos eleitores;
- Muitos círculos eleitorais, exemplo: círculo de África e Europa, não terão representação no parlamento na próxima legislatura;
- A campanha eleitoral terá duração de uma semana;
- Não haverá tempo para as reclamações dos cidadãos recenseados se houver os erros verificados cartão de eleitor;
- Impugnação eleitoral, por via judicial, será agenda dos Partidos pós-eleitoral;
- A instabilidade política e social continuarão na arena política;
- O povo continuará sofrer com a crise política;
- A responsabilidade será atribuída aos partidos políticos que estão a persistir à realização das eleições no dia 18 de novembro.
- O sonho do Cabral continuará adiado.
Pensem no interesse do Povo e remarquem a data das eleições para previnir futuras consequências! Por Dr Henrique Pinhel
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