O director-geral das florestas e fauna, Augusto Cabi, diz que a sua instituição não consegue lutar contra a corte clandestina das árvores nas florestas do país devido a falta de meios de transportes para a deslocação dos técnicos
Augusto Cabi falava, esta terça-feira (23), na Vila de Uaque, arredores de Mansoa, durante a reunião anual do conselho Técnico Florestal que prepara os planos e os programas de acções e análises jurídicos para permitir a gestão racional e sustentável dos recursos florestais.
Na mesma ocasião, o director-geral das florestas, que acusa os populares de apoiarem a corte ilegal das árvores nas matas, desafia ainda o governo a equipar a sua instituição com materiais desejados e dentro de 6 meses irá acabar com a corte clandestina.
“Se o governo disponibilizar os meios, num espaço de três a seis meses vamos acabar com a corte ilegal no seu todo”, garante.
Já para o ministro da agricultura, Nicolau dos Santos, a reflorestação do país ainda é possível se cada cidadão comprometer-se em plantar uma árvore, pelo menos uma vez por ano.
“Todas as espécies são bem-vindas sobretudo as espécies frutíferas que, para além das suas virtudes ecológicas, podem também gerar as receitas e ganhos financeiros”, sustenta.
Segundo a direcção das florestas e fauna, o sector de Mansaba foi a zona que mais sofreu com o abate clandestino das árvores o que corresponde a 70 por cento dos contentores exportados, a região de Bafatá foi a segunda que mais sofreu com a prática clandestina.
Entretanto, o director-geral das florestas diz que a política de moratória não especifica o tipo de árvore a preservar.
“A moratória foi decretada por cinco anos mas não foi especificado o tipo de árvore a ser cortada”, explica.
Os técnicos do ministério da agricultura, do IBAP e de outras instituições ligadas a florestas reúnem, a partir de hoje (23) até a próxima quinta-feira, num colóquio do conselho Técnico Floresta que decorre sob o lema “Sustentabilidade da Política Florestal Nacional”.
O encontro deveria ser anual mas segundo a fonte não foi realizado desde 2012.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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