segunda-feira, 22 de outubro de 2018

EMBAIXADA DA GUINÉ-BISSAU PROLONGA DATA DO RECENSEAMENTO EM CABO VERDE

Cidade da Praia, 20 Out (Inforpress)- A Embaixada da Guiné-Bissau em Cabo Verde prolongou a data do recenseamento eleitoral até 20 de Novembro, devido a constrangimentos na aquisição de kits que ditaram o atraso no arranque do processo dentro daquele país e na diáspora.

Em conferencia de imprensa, o embaixador da Guiné Bissau em Cabo Verde, M´balá Alfredo Fernandes, afirmou que o recenseamento dos guineenses residentes no arquipélago começou há uma semana e que até agora já foram inscritos mais de 900 pessoas.

“Desde sábado (dia 14) já recenseamos 917 pessoas, dos quais 752 são homens e 135 mulheres. O que significa que em termos do cômputo geral e das informações que nós temos recebido das outras brigadas e postos de recenseamento quer a nível nacional quer na diáspora, estamos muito acima da média nacional”, destacou M´balá Fernandes.

Segundo o diplomata, o recenseamento na Guiné e na diáspora deveria arrancar no dia 23 de Agosto, mas por causa de dificuldades na aquisição de kits, o governo guineense recorreu a países como Angola e Mali, mas sem sucesso, ambos estavam também em processo de recenseamento e eleição.

Conforme o embaixador, apesar de ter sido solicitado, não foi possível também trabalhar com os kits de Cabo Verde, isto porque, segundo explicou, os equipamentos usados em Cabo Verde não lhes permitem entregar o cartão de eleitor na hora, tal como a lei guineense exige.

Neste momento, o processo segue em Cabo Verde com apenas um kit de recenseamento na Embaixada, na cidade da Praia, mas com constrangimentos, por causa do aparelho que fica lento quando atinge um certo número de eleitores.

Mas para M´balá Fernandes, “há algum esforço em Cabo Verde”, particularmente da Embaixada que, de uma forma directa, tem estado a dar “uma lição de participação e de mobilização da comunidade guineense” para o processo de recenseamento.

A expectativa, adiantou, é que a Embaixada consiga alcançar os 4.786 eleitores recenseados, tal como em 2014, “tendo em conta a dinâmica” dos trabalhos.

Questionado sobre o número de guineenses residentes em Cabo Verde, M´balá Alfredo Fernandes não conseguiu precisar, porque, segundo ele, “o número vai depender muito das estatísticas”.

Apontou que os guineenses praticamente não fazem inscrições consulares, muito por culpa das dificuldades financeiras, da falta de legalização e de terem empregos precários que os “obriga a guardar os mil escudos para comprar comida do que fazer a inscrição”.

“Gostaríamos muito que esse número fosse muito próximo da realidade, mas não conseguimos, porque o processo é lento. Se nós tivéssemos três ou dois kits era provável que, com o recenseamento, chegássemos a saber quantos guineenses estão em Cabo Verde”, realçou o embaixador, afirmando que no consulado existem cinco a seis mil guineenses, mas estima que os residentes no país possam chegar aos oito ou dez mil.

Amanhã, a equipa de recenseamento da Embaixada da Guiné-Bissau em Cabo Verde estará em Pedra Badejo, onde durante o dia de domingo pretendem recensear 200 a 300 guineenses.

No próximo fim-de-semana, seguem para Santa Catarina, onde deverão cobrir a zona do Tarrafal e outras regiões de Santiago Norte. Depois seguem para as ilhas da Boa Vista e do Sal, perspectivando cobrir as ilhas do Norte de Cabo Verde.


Por causa desses atrasos no processo de recenseamento, segundo M’balá , não será possível realizar as eleições no dia 18 de Novembro, como estava prevista, estando ainda à espera que o Presidente da República marque uma nova data, dentro do quadro legar da Constituição guineense.

Conosaba/Inforpress

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