O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Guiné-tel, Guiné-Telecom acusou o primeiro-ministro Aristides Gomes de estar a prestar serviço contra a nação.
David Mingo que falava esta terça-feira (30 de Outubro) a margem de vigília do sindicato junto ao ministério das finanças, acusa ainda o chefe do executivo de alegada intervenção para inviabilizar o relançamento da empresa, que tem cinco anos de salários em atraso e já viu morrer 38 colaboradores.
«Depois de solicitar todos os documentos, o primeiro-ministro continua a “marimbar” inviabilizando o relançamento da empresa mas sabemos que o primeiro-ministro está a prestar serviços a algumas pessoas e contra a nação porque sabe que as duas empresas são de estado guineense», acusa Davis Mingo.
Por outro lado sublinhou que o primeiro-ministro já tem na sua posse todas as documentações solicitadas para viabilizar a assinatura do memorando.
«Não sabemos se a empresa interessada (Publenis) vai aguentar toda essa inviabilização tendo em conta que estão no país desde o ano 2017. Entendemos que o papel que Aristides Gomes está a jogar neste assunto, não salvaguarda o interesse do país ao deixar-se levar pelas decisões do Banco Mundial», diz.
Segundo o sindicato, o grupo Publenis interessado na empresa, "apresentou uma proposta concreta" de recuperação das duas empresas, que passaria por um investimento de 90 milhões de euros que dariam para liquidar todo passivo e ainda aplicar na aquisição de equipamentos de ponta.
O sindicato garantiu ainda que investimento não acarretaria custos para o Estado guineense, e o Banco Mundial de não levar em conta as duas empresas na constituição de um consórcio que vai gerir a sociedade do cabo submarino na Guiné-Bissau.
Em julho passado, o Banco Mundial disponibilizou um empréstimo de 35 milhões de dólares ao Governo guineense para financiar a ligação do país ao cabo submarino para o transporte de Internet em fibra óptica.
Foi constituído um consórcio entre duas operadoras privadas de telefones móveis para gerir aquela infra-estrutura.
O sindicato da Guiné Telecom afirma-se preocupado com as indicações de que, contrariamente ao que foi dito no lançamento do projecto, a amarração do cabo submarino não irá acontecer nas águas territoriais do Senegal, mas sim, dizem, na terra firme daquele país.
"Quem garante que o Senegal não vai inspeccionar os dados e as informações que vão circular nesta infra-estrutura", questiona o sindicato.
Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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