Bissau, 05 Mai 15 (ANG) – A missão da avaliação do Fundo Monetário Internacional(FMI) assinou, hoje, com as autoridades de Bissau um acordo de concessão de crédito no valor de 13,9 bilhões de Francos cfa.
O referido montante a ser pago semestralmente durante um período de três anos será desbloqueado após a sua aprovação pelo Conselho da Administração do FMI em Julho.
O acordo se inscreve numa iniciativa do FMI chamada “credito rápido” em que os beneficiários são países com grandes dificuldades financeiras.
Durante a conferência de imprensa que seguiu a assinatura do acordo, o ministro da Economia e Finanças explicou que no fim da missão produziu-se um documento (memorando de políticas económicas e financeiras) que o governo vai apresentar ao FMI, perspectivando as metas a serem alcançadas nos próximos três (3) anos.
“Algumas metas são quantitativas e outras são estruturais. Basicamente estas metas são distribuídas por quatro grandes áreas, nomeadamente: arrecadação fiscal, gestão das finanças públicas, gestão das dívidas e finalmente o relançamento da economia através da melhoria do ambiente de negócios”, disse Geraldo Martins.
Por sua vez, o chefe da missão do FMI disse que a visita da missão pode ser entendida como uma consulta anual da sua instituição ao nível dos países para avaliar os seus respectivos desenvolvimentos económicos.
Félix Fischer classificou o desempenho económico do governo, de “Muito Forte”.
“Desde que governo tomou posse normalizou as situações dos serviços públicos através da regularização dos salários em atrasados e incrementação de maneira substancial das receitas internas que nesta altura se encontram num nível muito alto”, considerou Fischer.
Enalteceu que tais resultados têm contribuído para o crescimento da economia nacional para 4,7 por cento.
Conforme aquele responsável, para os próximos anos, com mais investimentos públicos, prevê-se um crescimento económico continuo e considerável.
“Prevemos 4,8% para o ano 2016 com crescimento continuo para os anos quie se seguem”, perspectivou.
A missão recomendou a continuidade da implementação das reformas ficais e da boa gestão das finanças públicas.
A missão esteve em visita no país desde o final de Abril, no quadro das consultas anuais, avaliação e recomendação sobre a situação macroeconômica e fiscal de todos os países membros.
A visita ainda serviu de preparação de um programa de médio prazo (3 anos) entre o Fundo Monetário e a Guiné-Bissau.
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