O Presidente moçambicano defendeu hoje que a criação de um mercado comum africano deve começar em cada um dos países, com a consolidação da paz e a construção de infraestruturas para a livre circulação de pessoas e bens.
Filipe Nyusi falava hoje numa conferência em Abidjan, capital da Costa de Marfim, num painel subordinado ao tema "Um Mercado Comum para África na Nossa Geração", no âmbito da 50.ª Assembleia Anual do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e da 41.ª Assembleia do Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD), cujos trabalhos decorrem até sexta-feira.
"Cada país deve muito fazer para poder merecer a ligação com outro país, com a região e com o mundo", sublinhou Nyusi, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Para tal, segundo o chefe de Estado moçambicano, é fundamental assegurar a paz e a estabilidade internas, criar e consolidar infraestruturas e efetuar reformas legislativas que facilitem a circulação de pessoas e bens.
"A estabilidade interna, a paz e a criação de infraestruturas, ou mesmo a remoção de barreiras, são extremamente importantes. Se isso não acontecer, não poderemos juntar-nos", advertiu Nyusi.
O Presidente moçambicano explicou aos presentes que, no caso de Moçambique, estão em curso algumas reformas na legislação tendo em vista, sobretudo, a melhoria das condições para a realização de negócios.
"Mas também temos estado a remover algumas barreiras em relação aos vistos, para permitir a facilitação da circulação de pessoas e bens", afirmou.
A propósito das infraestruturas, Nyusi salientou a importância dos corredores de desenvolvimento como motor de intercâmbio económico entre os países, dando como exemplo os corredores de Nacala, Beira e Maputo, que garantem a ligação entre os portos moçambicanos e os países do interior, como Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Suazilândia, entre outros.
"Temos possibilidades de fazer ainda mais com a Tanzânia, nesta questão do mercado comum. Temos muito a trabalhar em conjunto, porque a partir da altura em que construirmos a Ponte da Unidade, esta ponte com a estrada, podemos ligar, por exemplo, a África do Sul ao Egito", disse Nyusi, cujo convite para falar foi feito pelo general Olimwengo, tanzaniano que afirmou ter conhecido o pai do Presidente moçambicano.
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