Bissau - O primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, considerou sexta-feira normal a exoneração dos comandantes da Polícia e da Guarda Nacional, após um pedido nesse sentido feito pelo ministro da tutela.
Por decisão do Conselho de Ministros, reunido na quinta-feira, foram exonerados os generais Armando Nhaga, comandante da Polícia de Ordem Pública (POP) e Tomás Djassi, chefe da Guarda Nacional (GN).
Armando Nhaga foi substituído pelo coronel José Marques Vieira, até aqui inspetor-geral do Ministério da Administração Interna (que tutela as policias) e Tomás Djassi foi rendido pelo seu adjunto, Fernando Marna.
Questionado sobre se as mexidas nos comandos das duas forças da ordem teriam algum motivo em especial, o primeiro-ministro disse que o Conselho de Ministros deu a sua anuência depois de receber um pedido do titular da pasta, Octávio Alves.
Domingos Simões Pereira salientou, contudo, que se trata de medidas normais na governação.
Segundo referiu, o ministro da Administração Interna disse que precisava de proceder às alterações "para ter um maior controlo da situação", logo, o resto do executivo deu a sua "anuência", defendeu Simões Pereira.
No domingo, alguns elementos das duas corporações viram-se envolvidos em confrontos com membros da Câmara do Comércio que se encontravam a realizar um ato eleitoral que acabou em violência.
A polícia é acusada de ter agredido um empresário que ficou gravemente ferido, ao ponto de ter sido transferido para o Senegal, para receber tratamento médico.
O primeiro-ministro, que se encontrava fora do país, ao chegar, ainda no aeroporto, na terça-feira, prometeu "tirar a limpo" o que se passou e tomar medidas para que a ordem pública "não volte a ser perturbada".
Domingos Simões Pereira falou das mexidas nas chefias das forças de ordem à margem das visitas que efectuou sexta-feira às obras de reabilitação de estradas da capital do país.
portalangop
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