sexta-feira, 4 de abril de 2025

Níger: Junta Militar ordena a libertação de mais de 50 presos políticos


A junta militar do Níger anunciou ontem a libertação de cerca de 50 pessoas, nomeadamente ministros do Governo deposto em Julho de 2023, seguindo as recomendações emitidas, em Fevereiro, pela “conferência nacional, encarregue da refundação do país”. AFP - BOUREIMA HAMA

A junta militar do Níger anunciou ontem, 1 de Abril, a libertação de cerca de 50 pessoas, nomeadamente ministros do Governo deposto em Julho de 2023, seguindo as recomendações emitidas, em Fevereiro, pela “conferência nacional, encarregue da refundação do país”.

Entre os libertados estão antigos ministros, responsáveis políticos, um ex-embaixador, um jornalista e militares acusados de tentativas de golpe de Estado em 2010.

Estas pessoas tinham sido presas após o golpe de Estado que colocou no poder o general Abdourahamane Tiani, ex-chefe da guarda presidencial, e estavam detidas em diversas prisões, acusados de "conspiração e ameaça à segurança do Estado".

Acusações semelhantes pesam sobre o ex-Presidente Mohamed Bazoum, cuja imunidade lhe foi retirada, sem que tenha sido marcada uma data para julgamento, que continua detido apesar dos pedidos internacionais para a sua libertação.

A conferência nacional, que teve lugar no mês Fevereiro, fortaleceu o comando da Junta Militar ao autorizar a continuidade do general Tchiani no poder para os próximos cinco anos.

Com a libertação dos presos políticos, a junta militar do Níger seguiu as recomendações emitidas, em Fevereiro, pela “conferência nacional, encarregue da refundação do país”.

Desde que os militares assumiram o Governo, o Níger cortou relações com a França e expulsou os soldados franceses e americanos que apoiavam o país na luta contra os jihadistas. A Junta Militar aproximou-se da Rússia e dos vizinhos do Burkina Faso e Mali, ambos com governos militares, com quem formaram a Aliança de Estados do Sahel.

Por: RFI

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