segunda-feira, 10 de março de 2025

Petróleo e recursos haliêuticos : REVISÃO DO ACORDO ENTRE A GUINÉ-BISSAU E SENEGAL PARA GARANTIR A PAZ É NECESSÁRIA



O Secretário-geral da Agência de Gestão e Cooperação entre a Guiné-Bissau e o Senegal, Inussa Baldé, exortou esta segunda-feira, 10 de março de 2025, que o acordo de gestão comum do petróleo e recursos haliêuticos deve ser renovado para garantir a paz social naquela zona.

“É uma área enorme na qual existem blocos da Guiné-Bissau e do Senegal, de maneira que há uma necessidade de cooperar com os países para a troca de informações e conhecer melhor a zona conjunta, dado que conseguiu-se descobrir o petróleo no Senegal que é o resultado dos estudos feitos na zona económica conjunta”, disse.

Baldé falava aos jornalistas após audiência com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, na qual esclareceu que ainda não foi descoberto petróleo na zona de gestão comum, afirmando que o que está a ser feito é o trabalho de pesquisa.

Lembrou que o último furo improdutivo foi realizado em 2011, tendo acrescentado que atualmente existem companhias que estão a trabalhar naquela zona no domínio da pesquisa, afirmando que “os dados são muito importantes com resultados bem encorajadores e que nos próximos tempos, vão fazer alguns furos de prospecção”.

“Estamos aqui numa missão da Agência de Gestão de Cooperação entre Senegal e a Guiné-Bissau, no qual gerimos alguma zona comum de 60 mil quilómetros quadrados e neste zona, praticam-se actividades ligadas à pesca e pesquisa ligada aos hidrocarbonetos ou seja petróleo. Vimos regularmente informar o Chefe de Estado sobre as atividades que estamos a fazer e dar-lhe algumas informações pertinentes para o seguimento do trabalho da agência, onde falamos um pouco sobre os avanços e algumas necessidades daquela instituição”, sublinhou.

O responsável da Agência, informou que a instituição que dirige trabalha em termos de controlo das licenças de pescas emitidas, sobretudo na zona comum de 60 mil quilómetros quadrados, superior a superficie da Guiné-Bissau, de maneira que deve haver um controlo rigoroso, “porque dispõe de quantidade de recursos haliéuticos, “por isso é importante fazer o estudo de conhecimento de Stok e controlo de emissão de licenças”.

“A divisão dos recursos provinientes da exploração daquela zona foi partilhada inicialmente, com 15 por cento para Guiné Bissau e 85 por cento para o Senegal, mas com a magistratura de influência de Umaro Sissoco Embaló, subiu para 30 por cento e 70 por cento para o Senegal”, recordou, avançando, neste particular que, o acordo salvaguarda que, em caso da descoberta do petróleo, os dois Estados vão sentar a mesa para decidir sobre a chave de partilha dos recursos descobertos e benefícios para cada país, mas até neste momento, apenas furos de confirmação de estudos sísmicos, químicos e teóricos foram realizados.

Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb

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