O Músico Tradicional, Nino Galissa, pretende universalizar o instrumento musical Corá através da construção de uma escola dedicada a formação neste instrumento musical da etnia mandinga.
A pretensão do músico foi revelada, hoje, durante uma visita efectuada pelo Secretário de Estado da Cultura as obras da construção desse complexo, localizado num dos bairros de Bissau, onde segundo o músico e proprietário da escola, as aulas vão iniciar-se já no próximo mês de maio, de momento, os interessados no aprendizagem desse instrumento, vão ter as aulas de forma gratuita.
O músico guineense Nino Galissa diz querer que esse instrumento musical permaneça na Guiné-Bissau e que assuma uma nova forma de aprendizagem saindo do núcleo familiar do seu clã.
“A ideia que temos é que Corá volte ao país permanecendo efectivamente, dantes era apreendido só no núcleo familiar que é a nossa família, mas com esta escola pretendemos que Corá seja uma coisa universal porque nos outros países são notórias as pessoas apreendendo mas que não são “Djidiu”, então se aqui é que nasceu esse instrumento musical, evidentemente que temos a missão de o fazer atingir toda a classe juvenil e também não só cora, mas sim todos os instrumentos musicais tradicionais”, manifestou
Galissa diz ainda que enquanto originário dos familiares que suportaram a vários séculos o Corá, a sua obrigação é lutar para a afirmação deste instrumento musical na sociedade guineense.
“Quando dissemos Corá referimos a Guiné-Bissau, o antigo Império de Gabú foi aí é que nasceu Corá e se eu vier a pertencer aos familiares que suportaram há vários séculos o Corá que é a família “Galissacunda”, a minha obrigação é lutar para a afirmação deste instrumento musical na sociedade guineense e se é que foi-se então para que volte e se ainda existe para que o restauremos para que seja uma instituição de país ao nível cultural”, frisou.
Francelino Cunha, Secretário de Estado da Cultura, disse na ocasião que o projeto de uma escola de formação no manejo do Corá, reveste-se de grande importância em termos da divulgação da cultura africana em particular a guineense.
“Chamamos de escola de Corá, mas é uma escola de instrumentos musicais guineense se quer o chame também de africano, reveste-se de grande importância uma vez que vai nos permitir pesquisar, resgatar, preservar, valorizar e divulgar os valores tradicionais guineenses que dispomos, é verdade que é bom moderniza, mas não modernizar desassociando das nossas origens ao ponto de esquecermos as nossas tradições, essa escola vai ajudar na preservação de tudo que é tradicional africano em particular guineense”, garante.
A escola em causa, conta com salas de conferências, salão de espectáculos onde os estudantes no final de cada ciclo de formação, exibirão m os talentos aprendidos durante o curso, mas também os mesmos segundo o proprietário Nino Galissa, servirão de lugares de angariação dos fundos para o sustento das aulas.
Texto & Imagem: Diana Bacurim/radiosolmansi com Conosaba do Porto
Sem comentários:
Enviar um comentário