O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, afirmou hoje estar "muito satisfeito" com a decisão do Fundo Monetário Internacional, que reconheceu os esforços feitos para manter o programa de facilidade de crédito.
"O Governo da Guiné-Bissau está muito satisfeito com a decisão do Fundo Monetário em reconhecer os esforços que o Governo tem feito para manter um programa de facilidade de crédito e nos permite ter luz verde para estarmos à vontade e dirigimo-nos à comunidade internacional a solicitar mais apoios para o desenvolvimento", afirmou, em conferência de imprensa, Aristides Gomes.
O Fundo Monetário Internacional aprovou sexta-feira a quinta avaliação ao programa de apoio à Guiné-Bissau, desembolsando 4,3 milhões de dólares e alargou, a pedido das autoridades guineenses, o período de intervenção até 2019, depois de realizadas as eleições presidenciais.
"É uma luz verde também para nós nos dirigirmos ao setor privado e mostrar que é possível suscitarmos mais investimentos que possam criar emprego no nosso país e permitir um verdadeiro desenvolvimento humano", salientou o primeiro-ministro.
Aristides Gomes garantiu que o Governo vai fazer o que estiver ao seu alcance para cumprir com as metas, nomeadamente aprender a viver com o que tem.
"O saneamento das finanças públicas não é algo de extraordinário, não é algo de fora das possibilidades de uma sociedade. O importante é vivermos com os meios que temos, controlarmos as nossas despesas. É um princípio de base de qualquer modo de vida, seja ele de uma família ou de toda uma sociedade", disse.
O primeiro-ministro disse também que o comportamento da sociedade e a estruturação do Estado é que vão permitir o crescimento da atividade económica.
"A nossa justiça tem de funcionar como deve ser, a administração pública e económica, as forças de defesa e segurança. São as instituições do Estado, mais o comportamento dos nossos cidadãos, que poderão trazer mais investimento", salientou.
Para Oscar Melhado, representante do Fundo Monetário Internacional em Bissau, a aprovação da quinta avaliação e prolongamento do programa por mais um ano representa um "momento histórico".
"É a primeira vez na história da Guiné-Bissau que o país consegue terminar e fazer um programa de três anos com o Fundo Monetário Internacional", disse.
Conosaba/Lusa
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